O presidente do Senado, Renan Calheiros, criticou nesta quinta-feira a lentidão da Câmara e chegou a dizer que desde a vitória de Severino Cavalcanti, passando pela gestão de Aldo Rebelo, a Casa não conseguiu votar sequer um projeto de lei. Renan disse que o Senado não está parado e já votou mais de 700 matérias no segundo turno, mesmo com a crise política.

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- A leitura que alguns fizeram foi de que o Senado não estava trabalhando, o Senado trabalha sim. Depois do Severino, a Câmara não conseguiu votar um só projeto de lei. Nós votamos no Senado no primeiro semestre 1.232 matérias, no segundo, depois que eclodiu a crise, mais de 700 matérias. De modo que, se há uma injustiça é dizer que o Legislativo está paralisado. O Senado está fazendo a sua parte - disse Renan.

Renan disse que a demora da Câmara em votar matérias, como a Medida Provisória 258, está prejudicando o trabalho do Senado. Segundo ele, os senadores só terão um dia para votar a MP, o que tornará complicada sua aprovação.

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- A MP 258 terá apenas um único dia para ser votada no Senado. É um absurdo que isso aconteça. Só pode ser votada no dia 18, que é o último dia. Essas coisas não podem continuar acontecendo no Brasil. A Câmara não tem conseguido deliberar sobre projeto de lei, sobre quase nada porque ela fica engessada, no Senado, como há uma correlação diferente, uma convivência melhor a gente tem conseguido produzir - afirmou.

Indagado se estava dando um puxão de orelha no atual presidente da Câmara. Calheiros disse que estava apenas "dizendo que não dá mais para que as medidas provisórias cheguem de última hora no Senado". Renan disse que a culpa é de todos, até por que Aldo chegou à presidência há pouco tempo.

- O presidente Aldo está chegando agora. Ele não tem tanta culpa, pelo contrário, está dizendo que vai fazer um esforço para votar, mas infelizmente a Câmara, desde a vitória de Severino, não votou nenhum projeto de lei, isso não pode continuar. Nós votamos a reforma tributária que não andou, a reforma política, que não andou, a reforma política de emergência, que não andou, nós votamos a reforma do Judiciário de emergência, que não andou. Meu Deus o que é que vai andar?

Aldo Rebelo disse que não comentaria as críticas de Renan até tomar conhecimento das palavras do colega.

- O Renan é meu amigo e eu não vou responder sem saber quais as palavras dele.

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