O líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse nesta sexta-feira que o Palácio do Planalto vai trabalhar para "ver se dá tempo" de realizar um plebiscito sobre reforma política que valha para as eleições de 2014.
Conforme informou nesta sexta-feira o jornal O Estado de S.Paulo a presidente Dilma Rousseff ficou irritada com o vice-presidente da República, Michel Temer, que declarou nesta quinta-feira, 4, ser "impossível" realizar uma consulta pública a tempo de as regras valerem para as eleições do ano que vem. Temer recuou depois e, em nota divulgada pela assessoria, afirmou que o "ideal" é a realização de um plebiscito que implique mudanças imediatas nas próximas eleições.
Para Chinaglia, ainda dá para acreditar em um plebiscito válido para 2014. "Há quem analise, mas me refiro a muitas análises, que o fato do TSE ter definido 70 dias (prazo para a operação logística do plebiscito), isso praticamente tira as chances (de as mudanças valerem para 2014), agora a orientação do governo é que o 'praticamente' não é 'totalmente', então vamos trabalhar pra ver se dá tempo", disse o deputado, após reunião da coordenação da bancada do PT na Câmara com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.
"Ontem fizemos um pacto com a base do governo para trabalharmos ao máximo, tanto para questão do plebiscito e também por aquilo que já está sendo debatido no Congresso, especialmente na Câmara. Temos de articular com a base do Senado e, a partir daí, na minha opinião, teremos melhores e maiores condições de avaliar a questão do prazo (do plebiscito)", afirmou.
Questionado sobre a proposta de reforma política defendida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Chinaglia respondeu: "Primeiro vai haver o plebiscito e uma das consultas vai ser, digamos, do próprio sistema de votação. A proposta da OAB é uma das (propostas). A pergunta do plebiscito não pode se dirigir para uma ou outra proposta, seja de quem for, ela tem de abrir a possibilidade para várias propostas e, a partir daí, na minha opinião, a gente tem de ouvir, sim, a OAB, como outras entidades."
A OAB está coletando assinaturas no País para a defesa de um anteprojeto de lei de iniciativa popular que leve a uma reforma política. Entre as propostas do projeto estão a votação em dois turnos para vereadores, deputados estaduais e federais e uma maior liberdade no uso da internet pelas campanhas.
Médicos afirmam que Lula não terá sequelas após mais uma emergência de saúde em seu 3º mandato
Mudanças feitas no Senado elevam “maior imposto do mundo” para 28,1%
Projeto que eleva conta de luz em 7,5% avança no Senado e vai para o plenário
Congresso dobra aposta contra o STF e reserva R$ 60 bi para emendas em 2025
Deixe sua opinião