A partilha do comando das 11 comissões técnicas do Senado foi adiada para a semana que vem para dar tempo aos líderes partidários de construir um acordo, mas não evitará que a briga por espaço de poder na Casa seja definida no voto. O ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) comunicou ao líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), que está decidido a disputar em plenário a presidência da Comissão de Relações Exteriores (CRE) com o senador tucano Eduardo Azeredo (MG). Se insistir na disputa, Collor corre o risco do vexame de uma derrota.
A briga por cargos da Mesa Diretora e das comissões resulta em grande parte dos acordos que garantiram a eleição do senador José Sarney (PMDB-AP) para presidente do Senado. Por tradição, os partidos definem sua quota de poder pela regra da proporcionalidade, que leva em conta o tamanho das bancadas. De acordo com este critério, o PSDB, que é a terceira maior bancada com 13 senadores, tem prioridade na escolha das comissões sobre o PTB, que ocupa a sétima posição, com sete parlamentares. Mas, para ter o apoio do PTB e o voto de Collor na disputa pela presidência da Casa contra o petista Tião Viana (AC), o PMDB prometeu entregar-lhes a CRE.
O líder tucano informou que o partido havia se comprometido com Azeredo em escolher a CRE e indicá-lo para presidente. "A última coisa que farei é descumprir um compromisso", disse Virgílio. Ele está confiante de que, desta vez, o PSDB, novamente aliado ao PT, levará a melhor. A comissão tem 19 membros titulares e, neste caso, também conta com o apoio DEM e do PDT. Os tucanos contabilizam, desde já, 12 dos 19 votos da CRE.
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