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Olho vivo

Pela vaga

Enquanto o PSDB não se mexe para tirar a cadeira de vereador de Derosso, seu suplente, Edson do Parolin, se movimenta com este objetivo. Na terça-feira pela manhã, ele pretende reunir pelo menos 300 pessoas na sede do TRE, onde vai entregar petição para que a Justiça lhe dê o direito de concluir o mandato do agora sem-partido Derosso.

Vozes

Terça-feira, a partir das 19h, o jornalista Aroldo Murá autografa o quarto volume da coleção Vozes do Paraná. Personalidades do mundo da cultura e da política, que contribuem para o desenvolvimento do estado, têm seus perfis retratados no livro. O lançamento da obra será no Solar do Rosário, localizado no Largo da Ordem.

Durante a Guerra Fria, período demarcado entre o fim da Segunda Guerra Mundial e a queda do Muro de Berlim, Estados Unidos e União Soviética armazenaram armas e munições em quantidade e potência suficientes para destruir o mundo várias vezes. O objetivo dos dois inimigos históricos, que brigavam pela hegemonia imperial que tinham como projeto, não era exatamente o de fazer uso do armamento que possuíam, mas desencorajar o outro lado a fazê-lo primeiro sob pena de um revide de proporções inimagináveis.

Todo esse prolegômeno serve apenas para informar que já está em pleno curso a "guerra fria" entre os candidatos a prefeito de Curitiba. Suas equipes aceleram o trabalho de abastecer o arsenal de maldades que, durante a campanha, os contendores poderão usar uns contra os outros. A partir principalmente do início da propaganda eleitoral na televisão, quem atirar a primeira pedra correrá o sério risco de receber uma saraivada inesperada e fatal. Mais ainda: às vezes, é suficiente informar o inimigo de que há guardadas balas de grosso calibre para evitar que ele se aventure utilizar as que tem.

Um retrospecto das eleições mais recentes no Paraná e em Curitiba revela como isso funcionou e vai continuar do mesmo jeito em 2012. Não demorarão a aparecer dossiês apócrifos circulando nas redações. A vida pregressa do adversário será devassada até se encontrar, mesmo que em passado remoto, motivo para levá-lo à desmoralização. Partidos de aluguel e candidatos nanicos serão usados (e bem pagos) para servirem de estilingue das maledicências. Espiões e quinta-colunas plantam-se em toda parte.

Bom-mocismo dos candidatos só em causa própria

Já os próprios candidatos, estes não. De modo geral fazem o papel de bons moços, avessos à agressão e aos golpes de baixo nível. Mesmo porque, se o fizerem, arriscam-se a perder conceito ou, no período da propaganda gratuita, serem condenados pela Justiça Eleitoral ao corte de tempos de programas ou a reproduzir direitos de resposta. Por isso, preferem a "mão do gato" para as estocadas.

Que não se pense que armadilhas já não estejam sendo montadas aqui ou ali. Que métodos não republicanos – como a oferta de cargos e vantagens futuras – já não sejam moeda forte no balcão de compra de aliados ou da neutralização de outros.

Vai daí que, nessa guerra, ao mesmo tempo em que se municiam contra o inimigo, os candidatos pensam também em resguardar a boa fama ou em melhorá-la. É por isso que evitam as más companhias – caso típico do que ocorre nas hostes de Luciano Ducci, que agora tenta esconder a todo custo as profícuas relações políticas que manteve com o vereador João Cláudio Derosso. Assim como faz também Gustavo Fruet, do PDT, que prefere ficar longe da presença do presidente do seu partido, o enrolado ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi.

A escolha de seus vices passa por tais critérios. Estar acompanhado de um vice "ficha suja" ou com altos graus de rejeição nas pesquisas é meio caminho andado para encaminhar a vaca para o brejo. A referência histórica sobre tal perigo foi a má escolha do vice de Osmar Dias em 2006 – fator que foi decisivo para sua derrota para Requião na eleição daquele ano por míseros dez mil votos.

Isto explica porque os adversários de Gustavo Fruet torcem para que o PT escolha o deputado Angelo Vanhoni, que as pesquisas apontam com elevado índice de rejeição, como seu companheiro de chapa. Da mesma forma como Fruet, em troca, não cansa de lembrar que, um dia, Derosso era o vice com que Ducci e o PSDB sonharam como ideal.

As eleições são feitas assim, com tentativas de levar o povo a fazer escolhas movido por "técnicas" de persuasão do gênero. Infelizmente, do que menos se fala é de projetos que ajudem a melhorar a cidade e a vida da população.

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