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Estava tudo certo para se realizar hoje a licitação para compra, pela Copel, de um avião turboélice de oito lugares ao custo de R$ 16 milhões. Tão certo que o Diário Oficial de sexta-feira já havia até publicado um despacho do governador Beto Richa autorizando a Casa Militar a formalizar convênio com a Copel pelo qual ele, governador, seria o principal usuário da aeronave. Ontem, porém, a licitação foi suspensa.

Correram várias versões para a repentina decisão de suspender o edital por tempo indeterminado. As versões não são excludentes. Uma delas: o governo teria se dado conta do risco de ter de enfrentar (e provavelmente perder) ações na Justiça que o acusariam de ter direcionado o edital para beneficiar um determinado fabricante e um determinado revendedor. A bancada do PT na Assembleia já estava pronta para dar entrada numa ação popular.

De fato, seguidas todas as detalhadas exigências do edital, o turboélice só poderia ser um do modelo King Air, fabricado pela norte-americana Beechcraft. Quanto ao revendedor, o governo corria o perigo de se ver denunciado por alguém que desconfiasse da presteza com que o eventual ganhador da concorrência pôde apresentar proposta em obediência a todas as complexas exigências do edital.

Outra versão corrente para explicar a suspensão da licitação diz respeito à legalidade do convênio pelo qual a Copel cederia a aeronave para a Casa Militar e ainda se comprometeria a arcar com todos os custos de sua operação. Como a Copel é uma sociedade anônima que tem em seu capital a participação de sócios privados, teria de garantir a eles o mesmo direito.

Olho vivo

Precoce

Se depender da vontade do atual presidente do Tribunal de Justiça, Miguel Kfouri Neto, e de outro numeroso grupo de magistrados afinados com as tradições do Judiciário estadual, a desembargadora Regina Portes será a próxima presidente. A eleição será daqui a um ano, mas as articulações já estão em curso.

Explica? 1

Eduardo Requião volta a depor hoje na CPI dos Portos instalada pela Assembleia. Na semana passada, em seu primeiro depoimento, o ex-superintendente da Appa tentou virar a jogo – de denunciado por má administração e desvios, tentou passar para a condição de denunciante. Acusou operadores portuários de lavagem de dinheiro e evasão de divisas – autores de uma fantasiosa operação em que quanto mais um navio demorasse para atracar maior seria o lucro! Soou surreal também a afirmação de que a presidente Dilma só não o nomeou ministro dos Portos porque ele sofreu forte oposição da mídia e das forças políticas paranaenses.

Explica? 2

Hoje, talvez, os deputados exijam mais explicações de Eduardo Requião do que ele quis dar na sessão anterior. Seriam, por exemplo, infundados os 11 procedimentos que a Antaq abriu em razão de irregularidades que encontrou na gestão dele a ponto de recomendar intervenção federal no Paraná? Também não teria razão o Tribunal de Contas da União que, em três acórdãos, constatou graves irregularidades na Appa?

Sumiu

Você quer saber o andamento daquele recurso que impetrou contra a multa de trânsito que sofreu em Curitiba. Como sempre fazia, ontem você abriu o site do Detran e, seguindo o caminho indicado, procurou pelo órgão emissor da multa, no caso a Diretran. E o que aconteceu? Nada. Não existe mais Diretran no site, substituída pela genérica opção "autoridade de trânsito", onde, de fato, está o registro do seu recurso. Com a diferença de que, de dois meses para cá, não consta nenhum andamento. Enquanto isso, porém, sem julgamento, continua pesando a pontuação sobre sua Carteira de Habilitação. Não há informações sobre quando os processos serão regularizados.

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