Olho vivo
É possível? 1
O ex-chefe da Casa Civil de Requião, Rafael Iatauro, tem um blog. Muito lido, aliás, por quem tem interesse em saber o que se passa nos bastidores da política paranaense.
Pois ontem ele postou uma informação que classificou como "bomba": o senador Alvaro Dias, embora tenha ainda mais quatro anos de mandato, vai se candidatar de novo neste ano para ficar no Senado pelos próximos oito!
É possível? 2
Consultado sobre o assunto, Alvaro desconversou. "Tudo é possível", disse enigmaticamente. Desencantado e pessimista com tudo o que vê no Paraná, prefere ficar calado, quer sobre o seu próprio futuro, quer sobre o dos outros.
Próprio 1
Já que tudo indica ser improvável a recomposição da aliança entre Osmar e Richa, o PPS também lançará candidato. A decisão ocorreu no sábado e o candidato será seu presidente, Rubens Bueno ex-deputado estadual e federal que, em duas disputas anteriores para o governo, cravou votações acima de dois dígitos porcentuais.
Próprio 2
Em 2008, o PPS integrou a aliança que reelegeu Beto Richa e passou a fazer parte de sua administração. Detém a direção da Urbs, um dos mais estratégicos postos do município. Vai continuar nesse comando? Se depender do PPS, vai. "Uma coisa nada tem a ver com a outra", diz Rubens. Se depender do novo prefeito e aliado de Richa, Luciano Ducci, ainda não se sabe.
Beto Richa para governador, Gustavo Fruet e Osmar Dias candidatos ao Senado e todos apoiados pelo senador Alvaro Dias. Esse é o cenário com que sonha o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, revelado em entrevista por telefone a esta coluna na última sexta-feira.
"Poucos estados apresentam uma situação tão boa para o PSDB e para José Serra como o Paraná", suspira alegremente o grão-tucano. "Não tenho dúvidas de que é a votação extraordinária dos paranaenses que, com esta chapa completa, pode fazer a grande diferença e garantir a nossa vitória para a Presidência".
É de Sérgio Guerra a seguinte análise:
Beto Richa está consolidado na condição de candidato imbatível para o governo estadual.
O deputado Gustavo Fruet, um dos mais brilhantes quadros do PSDB no país e um dos parlamentares mais respeitados do Congresso Nacional, seria uma escolha óbvia para concorrer ao Senado pelo partido. "Sem dúvida, será um grande senador", afirma.
O senador Alvaro Dias, competente líder da oposição no Senado Federal, goza de grande notoriedade em nível nacional e enorme prestígio no Paraná. Com certeza ampliaria ainda mais as condições de vitória.
E onde entra o senador Osmar Dias nessa história? Ora, se Osmar é do PDT e, apesar de não ter conseguido sacramentar sua aliança com o PT, mantém-se como candidato ao governo do Paraná em confronto com Beto Richa, onde ele entra?
Cuidadoso nas palavras, como de modo geral costumam ser os tucanos, antes de responder essa pergunta o senador Sérgio Guerra coloca duas preliminares: a) não dá palpites sobre a política de outros partidos; b) a cúpula nacional do PSDB não pretende interferir em decisões e estratégias do seu diretório estadual.
Depois de mais uma preliminar em que se derramou em elogios para Osmar Dias (para ele um dos melhores e mais sérios senadores da República), não se furtou, porém, a reconhecer "pelas notícias que vejo na imprensa" que ele enfrenta dificuldades para manter a candidatura ao governo. E emenda outra preliminar: "O senador Osmar é um dos grandes líderes políticos do Paraná, como provam as grandes votações que obteve em todas as eleições que disputou no estado."
Querem mais uma preliminar? "Sou amigo pessoal do senador e conheço muito bem sua atuação no Congresso e suas firmes convicções políticas. É um homem coerente, cujas ideias são muito próximas do ideário do PSDB e o afastam do PT. Logo, é natural que, se não for candidato ao governo, esteja conosco para se reeleger senador", argumenta Sérgio Guerra.
Mas esta é uma questão sobre a qual é o diretório paranaense do PSDB que deve refletir, sem interferência superior, diz o grão-tucano. Deixou implícito, porém, que, principalmente para o bem do presidenciável José Serra, seria importante que houvessem iniciativas para a superação das recentes turbulências internas (teria ele se referido à disputa sangrenta entre Beto Richa e Alvaro Dias?) e para trazer de volta o PDT para a aliança com Osmar Dias como candidato ao Senado, apostando no sucesso de uma dobradinha deste com Gustavo Fruet.
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