Olho vivo

Não dá 1

Responda sinceramente: você acha R$ 36,00 seriam suficientes para passar um dia na praia? Você pode responder que não dá, mas a Polícia Militar quer pagar este valor como diária aos policiais que forem escalados para trabalhar no litoral durante a Operação Verão. A PM assegura o lugar para dormir (geralmente precárias pensões ou pousadas com quartos coletivos), mas café da manhã, almoço, jantar e outras despesas pessoais devem ser custeados com a diária.

Não dá 2

Este valor não é corrigido desde 2004, reclamam policiais num requerimento que encaminharam ao comando da corporação. Eles pleiteiam o pagamento da diária integral de R$ 120,00, ainda que tenham de pagar indivi­dualmente pela hospedagem. Argumentam que este é o valor que recebem os policiais civis.

Por quê?

Não surpreende o alto nível de aprovação (74%) que Beto Richa ostenta, segundo constatou o Paraná Pesquisa (sondagem publicada sábado na Gazeta). É regra: quase todos os governadores e prefeitos de Curitiba sempre aparecem como campeões de aceitação popular. Até Requião figurou nessas listas. Interessante mesmo foi a resposta dada pelos entrevistados que aprovam a administração de Richa: a maioria deles não soube apontar razões para aprovar.

CARREGANDO :)
Veja também
  • Mais grave do que parece
  • O caixa 2 e suas ilustres testemunhas
  • Governo suspende compra do Aerobeto

A ala mais forte do PT paranaense se reúne neste sábado, em Curitiba, para, entre duas alternativas, escolher uma delas: ou apoia Gustavo Fruet (PDT) ou lança candidato próprio à prefeitura de Curitiba. A decisão é considerada inadiável: é que o PT nacional marcou para 15 de janeiro próximo a data final em que espera formatar seu quadro de candidatos ou coalizões para enfrentar o pleito nas capitais e nos maiores municípios do país.

Publicidade

Curitiba, assim como Londrina, Maringá e outras importantes cidades do Paraná, é óbvio, está na lista de prioridades do PT, que enxerga as eleições do ano que vem como uma etapa importante para 2014. Se conquistar em 2012 as maiores prefeituras, quer com candidatos próprios quer por meio de coligações, acredita que terá meio caminho andado para reeleger a presidente Dilma Rousseff. E, no plano estadual, tornar mais viável a candidatura da ministra Gleisi Hoffmann no confronto com Beto Richa.

A ala petista que estará reunida neste sábado é exatamente aquela a que pertence a própria ministra, além do influente marido, o também ministro Paulo Bernardo. Em princípio, eles são favoráveis à coligação com o PDT de Gustavo Fruet. Foram, aliás, os principais patrocinadores da ideia tão logo ficou configurada a desfiliação do ex-deputado do tucanato, em meados do ano. Apoia este projeto a maioria dos petistas com mandato e voto no Paraná e que integram a corrente CNB (Cons­­truindo um Novo Brasil), antigamente conhecida como Campo Majoritário.

Acontece, porém, que, apesar de todos os esforços de aproximação já realizados pelo PT, há um detalhe do ritual que ainda não foi devidamente cumprido: Gustavo Fruet até hoje não afirmou com todas as letras e gestos sua disposição de aceitar o apoio do PT – talvez com receio de que a união formal com o antigo adversário pudesse lhe trazer constrangimentos junto ao eleitorado classe média que sempre representou.

Avaliações internas, no entanto, já teriam convencido Fruet a tornar explícita a fusão de interesses. Os demais pré-candidatos a prefeito trabalham para a formação de suas alianças. Ratinho Jr., do PSC, por exemplo, já dá como certa a coligação com o PR; Luciano Ducci, do PSB, já está acertado com o PSDB e ainda busca integrar formalmente à sua frente vários outros partidos, como PTB, o DEM e o PSD.

Com base nesse raciocínio, pragmático, Fruet já se diz pronto para anunciar que o PDT (cujo diretório municipal é presidido por ele) marchará unido com o PT. Mesmo porque, sem a participação deste na frente, não contará sequer com tempo razoável na propaganda eleitoral televisiva. Examinados todos esses fatores, é provável que Fruet faça o anúncio ainda antes de sábado, de modo a ser um problema a menos a ser discutido na reunião dos petistas.

Publicidade