A Polícia Federal (PF) finalizou as investigações sobre o vazamento de informações da operação Lava Jato por “dissidentes da PF”. A delegada Tânia Fogaça, responsável pelo procedimento, pediu o indiciamento de um delegado, dois agentes e dois advogados. O inquérito foi instaurado para apurar os crimes de corrupção, violação de sigilo funcional, denunciação caluniosa e associação criminosa. No início de maio, a delegada pediu os indiciamentos, mas o Ministério Público Federal (MPF) pediu mais diligências. A Justiça Federal deu o prazo de 30 dias para que a PF conclua as diligências e levantou o sigilo do caso. O caso não está sendo conduzido pelo juiz federal Sergio Moro (foto), que se declarou suspeito para conduzir o procedimento. Quem é o responsável pelo inquérito na Justiça Federal é Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara. Moro alegou “situação de desconforto pessoal” para julgar o caso por causa dos envolvidos.

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Repercussão

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O caso “dos dissidentes” ganhou repercussão depois que a polícia encontrou em meio ao material apreendido na deflagração da 14ª fase da Lava Jato uma anotação no celular do empresário Marcelo Odebrecht que fazia referência a uma tentativa de barrar as investigações. A anotação falava em “trabalhar para parar / anular a investigação” com a ajuda de “dissidentes da PF”. Leia mais no blog Delações não Premiadas, no site da Gazeta do Povo.

Na 1.ª instância

Parte das investigações do possível envolvimento da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) na Lava Jato “desceu” para a primeira instância. O inquérito que cita a senadora, seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, e um empresário curitibano que teria intermediado o recebimento de R$ 1 milhão para a campanha da petista, continua em Brasília. Porém, haverá investigação na capital paranaense para apurar o possível envolvimento de outras pessoas no esquema. O processo está em fase de manifestação do MPF.

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Lista tríplice

A delegada Erika Marena, integrante da força-tarefa que conduz as investigações da Lava Jato em Curitiba, foi a candidata mais votada para integrar a lista tríplice montada pela Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) para a indicação do próximo delegado-geral da PF. A delegada paranaense encabeça a lista com 1.065 votos. Caso seja nomeada, Erika seria a primeira mulher a assumir o comando da PF na história da corporação.

Novas rés

A filha de José Dirceu, Camila Ramos de Oliveira e Silva, e a arquiteta Daniella Facchini se tornaram rés em um processo na Lava Jato. O tribunal TRF4 decidiu aceitar a denúncia do MPF de lavagem de dinheiro envolvendo as duas. Elas foram denunciadas junto com Dirceu, mas o juiz federal Sergio Moro não acolheu a denúncia contra elas, alegando que as duas não faziam parte do esquema criminoso da Petrobras. O MPF recorreu da decisão.