Disposto a renunciar ao mandato, o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) aguarda os próximos passos do Conselho de Ética em torno do processo contra ele. Com a carta de renúncia pronta, Roriz avalia se renuncia ainda nesta quarta (4) ou espera até quinta (5), quando o conselho deve tomar uma posição em relação à representação do PSOL sobre o senador.

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Roriz foi flagrado numa conversa telefônica negociando a partilha de um saque de R$ 2,2 milhões do BRB (Banco de Brasília). O presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), disse que ainda espera receber o processo contra Roriz que deve ser enviado ainda nesta quarta pela Mesa Diretora do Senado.

Quintanilha havia dito que pretendia esperar uma reunião do conselho para notificar Roriz. Mas depois recuou e afirmou que poderá notificá-lo assim que o processo chegar ao órgão. Depois da notificação, Roriz não poderá mais renunciar e evitar o processo de cassação. Cassado, ele ficaria inelegível por oito anos.

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Durante o dia, especulou-se que o senador poderia confirmar a renúncia em uma entrevista coletiva e, depois, que ele teria pedido para o senador Efraim Morais (DEM-PB), primeiro-secretário do Senado, ler a carta em plenário. Por enquanto, nada foi confirmado.

Numa saída tumultuada do gabinete da liderança do PMDB, ele respondeu "não" quando perguntado pelos jornalistas se iria abrir mão do mandato. Mas avisou que daria uma entrevista.

Roriz participou do começo da reunião da Mesa, quando, segundo ele, entregou documentos sobre sua defesa. O senador pediu ainda que a Mesa adiasse a decisão de enviar o processo ao Conselho de Ética. Os membros da Mesa não aceitaram o apelo.