A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou nesta sexta-feira (7) um levantamento em que aponta uma redução no número de atrasos e cancelamentos de vôos nos aeroportos do país. O comunicado lembra que, na última terça-feira (4), o presidente da agência, Milton Zuanazzi, declarou que a crise aérea "havia sido superada para o usuário".

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De acordo com a Anac, antes do acidente da Gol, em 29 de setembro de 2006, a média de atrasos superiores a uma hora chegava a 15% e os cancelamentos, a 12%. Segundo o levantamento, em agosto deste ano os atrasos caíram para 5% do total de vôos e os cancelamentos chegaram a 10%.

A agência afirma que a queda nos atrasos foi garantida pela entrada de novos controladores de vôo, mas admite que ainda é necessário investir mais no setor.

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"Com a queda dos atrasos fica evidente que a entrada de novos controladores supre, em parte, a falta de investimentos em infra-estrutura aeronáutica. É preciso mais investimentos tanto na infra-estrutura aeronáutica quanto na aeroportuária", diz o comunicado oficial da Anac.

A Anac também reconheceu que os números de cancelamentos "ainda não são ideais". "Somente com a nova malha, a partir de 20 de setembro, é que os números relativos aos cancelamentos refletirão de forma inequívoca a realidade", informa a nota.

Pressão

Na última terça-feira, o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, negou que pretenda pedir demissão e disse que não está sofrendo pressões para deixar o cargo. "Eu não tenho sido pressionado por ninguém. Estou absolutamente tranqüilo, trabalhando, fazendo o que agência tem que fazer", afirmou Zuanazzi. "Eu tenho um mandato", complementou.

Na quinta (6), o brigadeiro Allemander Pereira Filho foi indicado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, para ocupar uma diretoria da agência.

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Foi a primeira substituição que o ministro Nelson Jobim fará na Anac. Duas diretorias ainda estão vagas. Leur Lomanto renunciou, também na quinta, à diretoria de Infra-estrutura Aeroportuária. Ele é o terceiro diretor a deixar a agência em um mês. Denise Abreu e Jorge Luiz Veloso também pediram demissão.