Uma cerimônia que contou até com show exclusivo de Caetano Veloso, no segundo andar do Palácio do Planalto, tornou-se um ato em defesa do mandato de Dilma Rousseff, com críticas à eventual abertura de um processo de impeachment contra a presidente. Principal homenageado na entrega da Ordem do Mérito Cultural, o poeta concretista Augusto de Campos disse que estava fazendo um “gesto cívico de solidariedade” à presidente Dilma, vista por ele como “uma heroína nos abomináveis tempos da ditadura”.
“Neste momento, a vejo resistir com a mesma firmeza e coragem àqueles que tensionam ingloriamente malferir a integridade das nossas instituições democráticas”, afirmou Campos.
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Leia a matéria completaEm seu rápido discurso, de pouco mais de dez minutos, Dilma aproveitou para também dar o seu recado e disse que os artistas homenageados da noite eram “fundamentais” para que o Brasil mantenha sua democracia. “Nós, brasileiros e brasileiras, vivemos sem dúvida um momento especial. Estamos diante da tarefa de continuar trilhando o caminho da democracia, o caminho da tolerância, do respeito às diferenças, da convivência democrática e solidária. Vocês, agraciados pela Ordem do Mérito Cultural, são fundamentais para o sucesso dessa tarefa.”
Evento
A atriz e diretora Bia Lessa foi a responsável pela direção do evento na noite desta segunda-feira (9) no Planalto que contou, além do show, com projeções de poesias. Cerca de 400 pessoas estavam presentes no evento, que custou ao Ministério da Cultura R$ 1,1 milhão entre passagens e cachês.
Foram 34 homenageados (29 pessoas e 5 entidades). A plateia de artistas simpatizantes ao governo assistiu a projeções nas vidraças do salão principal do Palácio do Planalto, que traziam referências às obras do poeta Augusto de Campos e de outros artistas, como Arnaldo Antunes, Marcelo Yuka, Rolando Boldrin e Daniela Mercury.
Dilma desceu a rampa que leva do segundo ao terceiro andar do Planalto, acompanhada do ministro da Cultura, Juca Ferreira, ao lado de quem se sentou para acompanhar as apresentações e o show de Caetano, que cantou seis músicas diante da plateia de artistas e ministros.
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