O requerimento da vereadora Renata Bueno (PPS) pedindo o afastamento de João Cláudio Derosso (PSDB) da presidência da Câmara e a instalação de uma comissão processante (diferente de uma CPI) não foi votado na sessão de ontem. A vereadora tinha conseguido uma ordem judicial para que seu pedido fosse votado pelo plenário da Casa. Entretanto, o presidente em exercício da sessão, o vereador Sabino Picolo (DEM), alegou não ter recebido a notificação judicial.
A assessora jurídica de Renata, Ana Paula Viana Barmann, contestou e disse que Picolo tinha conhecimento da liminar desde sexta-feira e que, portanto, desrespeitou a ordem judicial ao não colocar o assunto em votação. "Eles estão dizendo que não tinham ciência da decisão liminar. Essa é mais uma argumentação vazia, pois existe certidão no mandado de segurança certificando que eles se deram por intimados no processo", afirma.
"Até o momento, não recebemos notificação oficial. Nossa procuradoria jurídica nos orientou que temos que ser notificados", defendeu-se Picolo. "Não vou menosprezar e dizer que a advogada da vereadora está certa ou errada, mas tenho que seguir nossa procuradoria." O vereador garantiu que, assim que for notificado, o assunto deve entrar em pauta desde que haja quórum.
Com isso, a votação deve ficar para hoje. Segundo Ana Paula, um oficial de justiça deve estar presente na sessão para notificar Picolo ou Derosso, caso ele presida a sessão. Caso o assunto não entre em pauta, a assessora da vereadora disse que serão tomadas as medidas legais cabíveis contra a Mesa Executiva.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?
“Esmeralda Bahia” será extraditada dos EUA ao Brasil após 9 anos de disputa
Deixe sua opinião