Desmembramento
A semana teve um dos fatos mais polêmicos envolvendo a Lava Jato até agora. Na quarta-feira (23), o Supremo Tribunal Federal (STF) “fatiou” um dos desdobramentos da Operação, no qual foram encontrados indícios de participação da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) em fraude no Ministério do Planejamento. Com isso, o caso será formalmente separado das investigações do esquema de corrupção na Petrobras e os envolvidos que não têm prerrogativa de foro serão investigados e processados em São Paulo.
Revés de moro
No primeiro recurso de sentença da Lava Jato, o Tribunal Regional Federal derrubou a pena de quatro anos dada pelo juiz Sergio Moro ao gerente do posto que deu nome à operação.
Os defensores de investigados comemoraram a decisão, pois ela abre brecha para que apurações da Lava Jato que não estejam diretamente ligadas com a Petrobras sejam desmembradas. Já para os integrantes das forças-tarefas do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, o entendimento do STF pode gerar consequências graves à Operação.
Primeiro político condenado
Ainda nesta semana, a Operação Lava Jato chegou à sua 19ª fase e atingiu cerca de 400 anos na soma de todas as condenações já impostas pela Justiça Federal. Entre os últimos sentenciados está o ex-deputado federal paranaense André Vargas (ex-PT, atualmente sem partido), condenado na semana que passou a cumprir 14 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, além de pagamento de multa.
Novos políticos investigados
O Supremo Tribunal Federal autorizou, na terça-feira (22), abertura de inquérito contra o ministro-chefe da Casa Civil Aloizio Mercadante (PT-SP) e o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Os políticos foram citados em delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, da UTC, e serão investigados por supostas fraudes na prestação de contas das eleições de 2010.
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