A Petrobras confirmou nesta sexta-feira (5) que o conselho de administração da Transpetro aprovou a prorrogação da licença não remunerada, de seu presidente, Sergio Machado, pelos próximos 30 dias. O presidente licenciado continuará sendo substituído pelo diretor Cláudio Ribeiro Teixeira Campos.
Machado é citado na Operação Lava Jato da Polícia Federal por suposto envolvimento em esquema de corrupção. Nessa semana, ele teria recorrido a padrinhos políticos para conseguir uma prorrogação da licença de 30 dias. Assim espera ganhar tempo para se desvincular das denúncias de irregularidades na estatal.
Nos bastidores, o comentário é que já circulam nomes para a vaga. Entre eles estariam o de Marcelino Guedes, ex-presidente da Refinaria Abreu e Lima, cujos gastos de construção são alvo de investigação da PF; e Marcelo Renó, ex-diretor da Transpetro. Oficialmente, Machado, por meio de sua assessoria de imprensa, diz que tomará a decisão de retornar ou não à Transpetro nessa quinta-feira e que a decisão ainda não estaria tomada. O jornal O Estado de S. Paulo adiantou no último domingo que o Planalto já bateu o martelo pela demissão de Machado, cujo cargo deve continuar sendo indicado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
O presidente da Transpetro entrou de licença por 30 dias depois que auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC) se negou a validar o resultado da Petrobras relativo ao terceiro trimestre. Entre outros pontos, a auditora demonstrou ao conselho de administração da petroleira constrangimento em referendar um balanço financeiro de uma empresa que tem entre os seus quadros principais uma pessoa denunciada por corrupção.
Machado foi apontado pelo ex-diretor da estatal e delator na Operação Lava Jato da Polícia Federal, Paulo Roberto Costa, como integrante de um esquema de corrupção na companhia. Costa disse ter recebido das mãos de Machado R$ 500 mil como pagamento de propina por favorecimento de uma fornecedora em licitação.
Marcelino Guedes entrou na Petrobras em 1987. Na subsidiária de logística da estatal foi gerente geral de Novos Negócios e Parcerias e diretor de Terminais e Oleodutos. Esteve à frente da Refinaria Abreu e Lima desde agosto de 2008, quando Costa não comandava mais as obras, alvo de investigação por denúncia de superfaturamento. Guedes deixou o cargo quando a refinaria foi incorporada pela controladora Petrobras e deixou de ter presidente, em dezembro do ano passado. Desde então, a refinaria vem sendo comandada pelo gerente-geral Valdison Moreira. Já Marcelo Renó, também cotado para a vaga, esteve na diretoria de Gás da Transpetro até dezembro de 2013, quando, por determinação de Sérgio Machado, foi substituído por Campos, atual presidente interino da empresa.
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