Renan deve se encontrar com Lula na terça-feira
Depois de passar o final de semana em Maceió (AL) comemorando seu aniversário, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que escapou de ter o mandato cassado, deve ser recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira (18). No mesmo dia, o senador João Pedro (PT-AM) deve apresentar o relatório sobre a segunda representação contra Renan. Leia matéria completa
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O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), marcou para quarta-feira a reunião que vai analisar a segunda representação contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), suspeito de beneficiar a cervejaria Schincariol na renegociação de uma dívida de R$ 100 milhões com o INSS. A expectativa é de que a leitura e a votação do relatório aconteçam no mesmo dia. Porém, os integrantes do Conselho podem pedir mais prazo para investigar a denúncia.
Segundo Quintanilha, a tendência dos senadores é arquivar o processo, iniciado a partir de uma representação do PSOL, na qual a única peça de acusação é uma matéria da revista "Veja".
- Nós não reunimos o conselho ainda, mas já ouvi de membros opiniões diversas sobre essa representação número dois, que revelam a impertinência dela - declarou Quintanilha a jornalistas.
Na semana passada, o plenário do Senado absolveu Renan da acusação de ter contas pessoais pagas por um lobista da construtora Mendes Júnior. Apesar da insatisfação da opinião pública com a absolvição de Renan, o relator do processo, senador João Pedro (PT-AM), afirmou que não teme a pressão da sociedade.
- Não tenho medo de declarar meu ponto de vista técnico. Se vai contrariar interesse de A ou B, faz parte do debate - declarou o petista.
Renan quer garantia de que não perderá o cargo se tirar férias
Antes de tomar qualquer decisão sobre o seu futuro político, Renan quer falar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda esta semana. Pressionado por aliados a tirar férias com o objetivo de pacificar o clima no Senado, Renan resiste. Ele quer avaliar o quadro político com o presidente, para que Lula seja o avalista da decisão que for tomar. De acordo com interlocutores que falaram com Renan neste fim de semana, ele só tiraria férias com a certeza de que voltaria a ocupar o cargo. Seu temor é que, na sua ausência temporária, ganhe força a pressão para que renuncie.
Da Espanha, Lula afirmou, no sábado, que a votação do Congresso que absolveu o senador "não foi impunidade" . O presidente, que retorna ao Brasil na noite desta segunda-feira, já adiantou que está disposto a uma conversa assim que voltar a Brasília.
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