Em sua segunda reunião, a CPI do Pedágio definiu os próximos passos da investigação. Os deputados solicitaram documentos a órgãos que já fizeram auditorias nos pedágios do Paraná, afirmaram que vão promover audiências públicas em várias cidades para ouvir cidadãos e, por fim, vão convocar para depor representantes das concessionárias e ex-dirigentes do governo de Jaime Lerner, responsáveis pelas licitações de concessão das estradas. Os nomes, porém, não foram revelados. o deputado Nereu Moura (PMDB) disse apenas que seriam convocados representantes das concessionárias e "os que têm envolvimento com as licitações, como membros do governo anterior".
A reunião aconteceu na manhã desta quarta-feira (17), na Assembleia Legislativa do Paraná. No encontro, foi solicitado formalmente o relatório do Tribunal de Contas do Paraná divulgado este mês que aponta que duas concessionárias deveriam baixar o preço do pedágio para compensar falta de investimentos previstos em contrato. Moura, que faz parte da CPI, afirma que a comissão solicitou também relatórios do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Advocacia Geral da União (AGU) relacionados aos pedágios do estado. Ele afirma que também foram pedidos cópias dos contratos de licitação e de suas alterações posteriores.
"Vamos catalogar os documentos assim que eles forem chegando. A ideia é fazer isso durante o recesso [que começa nesta quinta-feira (18)] e já ter tudo adiantado no retorno", afirma o deputado.
As datas das audiências públicas devem ser definidas na primeira reunião depois do recesso, no dia 06 de agosto pela manhã. Elas serão realizadas em Curitiba, Guarapuava, Cascavel, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Pato Branco, Campo Mourão e Paranaguá.
Os primeiros depoimentos da CPI serão ouvidos já na segunda reunião depois do recesso, no dia 13 de agosto. Os deputados Cleiton Kielse (PMDB) e Péricles de Mello (PT) devem trazer dados sobre as concessões de pedágio. No ano passado, Kielse chegou a dizer que havia parlamentares ligados às empresas de pedágio. As outras pessoas que serão ouvidas pela CPI ainda não foram confirmadas.
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