A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Grampos retoma seus trabalhos na quarta-feira (12) com o objetivo de ter acesso ao inquérito no qual a Polícia Federal (PF) apura o vazamento de informações na Operação Satiagraha.

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"Temos de ter acesso ao inquérito e aprofundar as informações. Os fatos novos expõem novamente a falta de autoridade e obrigam a comissão a tomar posicionamentos. Se as investigações não forem aprofundadas, teremos que encerrar os trabalhos e produzir o relatório final", disse Gustavo Fruet (PSDB-PR).

A comissão, que retoma suas atividades depois de uma pausa de três semanas, também pretende submeter à votação requerimentos considerados fundamentais para a continuidade da CPI.

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Um deles diz respeito à convocação do delegado Amaro Vieira Ferreira, para explicar a suspeita do Ministério Público (MP) de que jornalistas tiveram o sigilo telefônico quebrado no âmbito das investigações para detectar a origem do vazamento ocorrido na Satiagraha. A PF nega.

Buscas

Na semana passada, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. As buscas estavam relacionadas às investigações da corregedoria da PF que apuram vazamento de informações. A polícia não divulgou os locais, mas alguns mandados teriam sido cumpridos mandados em endereços do delegado Protógenes Queiroz. Em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo" após as buscas, ele classificou a ação como "trama" e disse se sentir "humilhado". "Em toda minha vida profissional, nunca havia sido submetido a tamanha humilhação e constrangimento."

Dois dias após as buscas, em palestra em uma universidade de Brasília, o delegado disse que "o momento político no Brasil é de proteger bandido" e que já havia previsto, no início do trabalho, que a Satiagraha iria ter grandes repercussões. "Quando eu preparava a Satiagraha eu falei que era uma operação que ia rachar o Brasil no meio, e ela rachou".

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