Youssef encontrou, em abril do ano passado, um aparelho de escuta ambiental em sua cela.| Foto: /

A CPI da Petrobras marcou para a próxima semana os depoimentos de policiais federais de Curitiba, incluindo o superintendente Rosalvo Franco, para falarem sobre o caso do suposto grampo ilegal na cela do doleiro Alberto Youssef.

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Pouco depois de ser preso na Operação Lava Jato, Youssef encontrou, em abril do ano passado, um aparelho de escuta ambiental em sua cela. Seu advogado pediu uma investigação interna, que concluiu pela inatividade do grampo.

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Posteriormente, o agente da PF Dalmey Werlang prestou um depoimento dizendo que instalou o grampo e que ele estava ativo. Por isso, a PF abriu uma nova investigação interna sobre o caso, desta vez sendo conduzida em Brasília, ainda sem conclusão.

Dalmey acusa seus superiores de terem lhe mandado instalar o grampo sem autorização judicial. Em depoimento à Justiça Federal, um dos delegados que conduzem a investigação, Igor Romário, negou que houvesse ordenado instalar o grampo.

A CPI convocou diversos policiais federais para falarem sobre o caso na próxima semana. Integrantes da PF e deputados de oposição ao comando da CPI, porém, veem a iniciativa como uma tentativa de desviar o foco da investigação que atinge diversos políticos da Casa, inclusive o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aliado do presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB).

Dentre os convocados está o delegado Mário Fanton, que, conforme revelado pela Folha em julho, fez um despacho interno recomendando que a investigação sobre a escuta fosse refeita e acusando delegados de tentarem manipular provas. Fanton é lotado em São Paulo, mas foi enviado a Curitiba na época e investigou o caso da escuta. Deve ser ouvido na terça-feira (29).

Também serão ouvidos na quinta-feira (1º), dentro outros, Rosalvo Franco, o atual superintendente da PF em Curitiba, e o delegado Maurício Moscardi Grillo, que conduziu a primeira investigação sobre a escuta, que concluiu pela inatividade.

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