José Dirceu está preso em Curitiba por causa das investigações da Operação Lava Jato.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Criada com o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o objetivo de enfraquecer o governo federal, a CPI dos fundos de pensão aprovou nesta quinta-feira (3) a convocação do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu.

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Além dele, foram chamados o lobista Milton Pascowitch e o empreiteiro da Engevix Gerson Almada, indiciados como o petista por suspeita de desvios em contratos da Petrobras investigados pela Operação Lava Jato.

Em relatório divulgado nesta terça-feira (1), a Polícia Federal aponta que a Jamp Engenheiros Associados, que pertence ao lobista, fechou dois contratos que somam R$ 3,4 milhões com a Engevix relacionados ao levantamento de fundos de previdência e obtenção de recursos junto a fundos de pensão.

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Em depoimento, o lobista afirmou que a Jamp realizou em 2011 repasse de R$ 1 milhão à empresa JD Assessoria e Consultoria, que pertence ao petista, e que pagou despesas pessoais do ex-ministro e de seus familiares com dinheiro recolhido de contratos de fornecedores prestadores de serviços da Petrobras.

Um dos contratos presentes no relatório da Polícia Federal é de assessoria para a Desenvix, que pertencia até julho deste ano ao grupo Engevix e que tem como um de seus acionistas o Funcef, fundo de previdência da Caixa Econômica Federal, que detém participação de 18,7% da empresa.

Em 2009, a Funcef realizou investimento de R$ 260,67 milhões no fundo de investimento em participações da Desenvix. Segundo auditoria interna da empresa, a qual a comissão de inquérito teve acesso, procedimentos importantes, no entanto, “não foram observados no momento da avaliação inicial do investimento”.

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Além do petista, a CPI dos Fundos de Pensão aprovou requerimentos de convocação do presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, e da presidente da CVM (Comissão de Valores Imobiliários), Julia Damazio Franco.