O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, reafirmou nesta quarta-feira (14) estar aberto ao diálogo com qualquer agente político – do governo e da oposição – e que não há guerra ou trégua com qualquer um desses lados da disputa política. Cunha afirmou que não se sente pressionado no cargo e que tem se dedicado a preparar o recurso que apresentará ao STF, até sexta-feira (16 ), para buscar reverter decisões dos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber contrários ao rito de impeachment que estabeleceu. O presidente afirmou não estar em guerra nem em trégua com ninguém.
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Leia a matéria completa“Não tem trégua, porque não tem guerra. Não precisa ter trégua nem guerra. Tenho que cumprir minha função que é dar curso [as votações], que é minha obrigação funcional do momento. Se tenho que tomar decisões, e isso pode significar guerra para um ou trégua para outro. É questão de interpretação. Não fiz nada diferente do que eu disse que iria fazer. Sempre disse que impeachment não é recurso eleitoral, que fato anterior não contamina mandato presente - disse Cunha nesta quarta-feira (14).
Cunha afirmou não ter sentimento de “contrariedade nem felicidade” com a nota divulgada pela oposição no último sábado, que pede seu afastamento. “Não me sinto pressionado. A pressão faz parte do cargo. Já despachei quinze pedidos de impeachment. São coisas que sempre contrariam um ou outro. A pressão é toda hora”.
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Leia a matéria completaNa terça-feira (13), o presidente da Câmara recebeu líderes da oposição em sua residência oficial para negociar o andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Cunha tentou condicionar o encaminhamento do processo a um apoio posterior contra a cassação de seu mandato. Na conversa, ele reclamou da nota assinada por PSDB, DEM, SD, PSB e PPS defendendo seu afastamento da presidência da Câmara.
“Estou sendo abandonado por vocês. Começo a ficar convencido de que se eu entregar a cabeça de Dilma, vocês entregam minha cabeça no dia seguinte”, disse o peemedebista na reunião com os líderes da oposição.
Tanbém na terça, o PSol e a Rede Sustentabilidade representaram no Conselho de Ética pedido de abertura de processo contra Eduardo Cunha, que pode levar à cassação de seu mandato. Além dos partidos, foi juntada uma lista com o apoio de 45 deputados, sendo 32 do PT, ou seja, mais da metade da bancada de 62 parlamentares da legenda.
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