A Semana da Pátria deste ano será marcada por diversos protestos em Curitiba. As manifestações começaram já nesta segunda-feira (5), com a ocupação da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Cerca de 1,5 mil pessoas participam do ato. Segundo a organização, a ocupação deve se estender até pelo menos sexta-feira (9).
Já o Sindicato dos Metalúrgicos realizou um protesto na região da BR-277, em Curitiba, na manhã desta segunda. Os manifestantes chegaram a interditar parte da rodovia, mas o acesso já está liberado. Em seguida, realizaram um ato na Boca Maldita, no Centro de Curitiba.
Para esta terça-feira (6) está marcado um novo protesto contra o presidente Michel Temer (PMDB) em Curitiba. O ato organizado pelo grupo CWB Contra Temer está previsto para começar às 18 horas na Praça 19 de Dezembro, no Centro. Cerca de 900 pessoas já confirmaram presença no evento no Facebook e outras 1,2 mil afirmaram ter interesse no evento.
O CWB Contra Temer é o mesmo que fez organizou protestos recentes, na última quinta-feira (1.º) e no domingo (5). Ambos começaram pacificamente, mas terminaram com depredações.
Para a quarta-feira (7), o movimento Grito dos Excluídos realiza um ato no Capão da Imbuia, em Curitiba. A movimentação está prevista para começar às 8h30 na Paróquia São Benedito, próximo ao Detran.
O movimento CWB Contra Temer também promete uma manifestação para o feriado, que terá início na Praça 19 de Dezembro, no Centro. O horário ainda não foi definido pela organização.
Reivindicações
As reivindicações dos protestos agendados para essa semana são em sua maioria de cunho político. Entre as pautas dos manifestantes do MST estão a exigência da reforma agrária, o assentamento imediato de 120 mil famílias e a suspensão da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de penalizar mais de 578 mil assentados no país por considerá-los irregulares.
Além disso, eles pedem pelas restituições do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), além de se posicionarem contrários ao governo de Michel Temer (PMDB), que assumiu a presidência da república na semana passada, após destituição de Dilma Rousseff (PT).
O MST também reivindica a recriação do Ministério do Desenvolvimento Agrário, além de ser contrário à proposta de reforma da previdência apresentada por Temer.
Já o objetivo dos metalúrgicos é pressionar o governo federal a adotar medidas que acelerem a economia e a geração de empregos sem atingir os direitos trabalhistas.
O Movimento CWB Contra Temer, por sua vez, é contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O Grito dos Excluídos tem o objetivo de denunciar “diferentes formas de exclusão e anunciar sinais de esperança na perspectiva da construção de um estado efetivamente a serviço da nação”, segundo postagens do grupo na página oficial no Facebook.
Próxima semana
No dia 18, o movimento CWB Contra Temer organiza mais um protesto. A manifestação “Nenhum Direito a Menos” vai começar às 14 horas na Praça 19 de Dezembro e já tem 1,2 mil pessoas confirmadas. Outras 2,1 mil afirmaram ter interesse em participar do ato.
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