A maioria dos eleitores curitibanos é favorável à saída da presidente Dilma Rousseff (PT) e defende que o combate à corrupção deve ser a prioridade de um eventual novo governo. Segundo levantamento do instituto Paraná Pesquisas, 80% dos entrevistados em Curitiba defendem o fim antecipado do mandato da presidente, seja por impeachment, renúncia ou cassação via Tribunal Superior Eleitoral, e 51% acham que o combate à corrupção deve ser o foco de um eventual sucessor.
INFOGRÁFICO: O que o curitibano quer?
Os entrevistados divergem, entretanto, sobre qual medida o governo deve tomar para melhorar a situação econômica dos brasileiros: 40% defendem a redução da carga tributária como prioridade, enquanto 36% pedem o controle da inflação e 22% veem o desemprego como maior problema. Apenas 2% dos eleitores acham, entretanto, que o governo deve facilitar o crédito para melhorar a condição financeira da população.
Corrupção
Para o diretor do instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, o eleitor reconhece a corrupção como um problema geral do país, e não como algo exclusivo do PT. Por isso, tanto eleitores favoráveis quanto os contrários à saída da presidente veem a importância de combater este problema. Desde o último domingo (13), a corrupção tem sido o mote de diversos protestos contra o governo pelo país.
Entre os que estão contra Dilma, 54% veem essa questão como a mais importante. Entre os eleitores favoráveis à presidente, esse índice é de 37%. Além da corrupção, o combate ao desemprego também foi destacado por 32% dos curitibanos. A redução da pobreza e da desigualdade e do tamanho do Estado foram considerados problemas menos urgentes.
Tamanho da máquina
Na pesquisa, 69% dos eleitores defendem que o governo federal priorize o corte de gastos com cargos comissionados. Para o diretor do Paraná Pesquisas, isso mostra que o excesso de comissionados é visto como um símbolo do mau uso do dinheiro público. Entretanto, mostra também um desconhecimento do brasileiro sobre a proporção dos gastos da República.
Levantamento
A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 16 de março, portanto, antes de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser nomeado ministro-chefe da Casa Civil e posteriormente ter a posse suspensa. Para Hidalgo, isso não deve influenciar significativamente no posicionamento dos eleitores, mas deve acirrar discursos de ambos os lados.
Para o levantamento foram entrevistados 505 curitibanos. A margem de erro é de 4,5 pontos porcentuais.
Deixe sua opinião