A presidente da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF), Rejane Pitanga, protocolou nesta sexta-feira (12) na Câmara Legislativa o primeiro pedido de impeachment do governador interino do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM) após este assumir o governo. Ele está no lugar de José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), que foi preso nessa quinta-feira (11) por ordem do Superior Tribunal de Justiça. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o PT e o PSB do DF já anunciaram que entraram também com pedidos de impeachment de Octávio nesta tarde.
O escândalo do mensalão do DEM veio à tona em 27 de novembro de 2009 quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. Arruda foi acusado de comandar um suposto esquema de pagamento de propina a aliados. A prisão preventiva do governador foi decretada após uma suposta tentativa de suborno a uma das testemunhas do caso.
Para Rejane, a saída do governador interino é necessária por ele também estar supostamente envolvido no escândalo. "A saída do Paulo Octávio é tão importante quanto a do Arruda porque ele faz parte do mesmo esquema de corrupção no Distrito Federal. Com Paulo Octávio à frente do governo, vai continuar a acontecer tudo isso que temos visto."
O pedido foi feito no nome dela. Pedidos de impeachment contra o então governador Arruda foram rejeitados, pois entidades assinavam os pedidos. Somente pessoas físicas podem fazê-los.
Octávio é citado no inquérito da Polícia Federal como participante do esquema, mas não apareceu até agora em nenhum dos vídeos gravados por Durval Barbosa, o ex-secretário que denunciou o esquema. O G1 tentou contato com assessores do governador interino, mas as ligações não foram atendidas.
Esta não é a primeira vez que entidades pedem à Câmara a saída de Octávio. Nas outras oportunidades, no entanto,os pedidos foram rejeitados de imediato porque, naquela ocasião, ele não era governador.