O banqueiro Daniel Dantas e o ex-diretor da Polícia Federal (PF) Paulo Lacerda recorreram nesta terça-feira (14) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir que não serão presos durante depoimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas, marcados para esta semana. Os dois querem receber o apoio de seus advogados durante os depoimentos e pedem que lhes seja garantido o direito ao silêncio diante de perguntas que possam incriminá-los. Os pedidos de liminar serão analisados pelo ministro do STF Marco Aurélio Mello.
Eles também não querem assinar um termo de compromisso de que prestarão o depoimento na condição de testemunha. No caso de Dantas, que tem o depoimento marcado para quinta-feira, os advogados solicitaram ainda acesso às provas já produzidas pela CPI, sigilosas ou não, sobretudo ao depoimento do delegado de PF Amaro Vieira Ferreira, que é corregedor. Dantas foi investigado e preso na Operação Satiagraha.
Apesar do pedido, Lacerda já avisou à CPI que não irá depor amanhã. Ele quer falar diretamente de Portugal, onde trabalha atualmente como adido policial na embaixada brasileira. Segundo ele, o depoimento poderia ser dado por meio de um instrumento conhecido como carta rogatória. "Um eventual deslocamento ao local designado para a realização da malfadada audiência implicaria em prejuízos à sua atividade profissional, bem assim, às suas relações pessoais", sustenta o ex-diretor na ação encaminhada ao STF.
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