O advogado de defesa de Suzane von Richthofen, Mauro Otávio Nacif, está-se notabilizando por sua versatilidade em encontrar argumentos polêmicos para provar a inocência de sua cliente. Ele já recorreu ao além ao dizer que Daniel apelou para um 'espírito maligno' para fazer Suzane participar do crime. Também expôs à sociedade a vida sexual de Suzane, afirmando que ela ficou 'dominada pelo sexo e pelas drogas' oferecidas pelo namorado. Agora, Mauro Nacif revelou que Suzane acredita que o pai dos Cravinhos, Astrogildo, sabia da intenção dos filhos de matar Marísia e Manfred von Richthofen. Este é um argumento importante para a defesa, já que poderia atenuar a pena de Suzane, em caso de condenação.Aos 61 anos, o advogado Mauro Otávio Nacif, assumiu o caso há cerca de um mês e já protagonizou outras polêmicas. No dia 5 de junho, data em que o julgamento deveria ter acontecido, Nacif mostrou seu estilo em rede nacional. Ele queria que o juiz adiasse o julgamento até a chegada de uma testemunha. Diante da negativa, dedo em riste, chamou o juiz de arbitrário, desleal e intransigente, e deixou o júri. De acordo com ele, sua cliente "adorou". Com isso, o julgamento foi adiado para 17 de julho.
Nacif se intitula um especialista em júris. Pelos cálculos dele, já participou de 700. Entre os colegas de profissão e promotores públicos, ele ficou conhecido por tumultuar processos e usar todo tipo de manobra jurídica para conseguir invalidar um julgamento.
No caso de Suzane, Nacif quer nada menos do que a absolvição da jovem, que confessou ter participado da morte dos pais, com o namorado e o irmão dele. O advogado sustenta que Suzane foi dominada e coagida por Daniel.
- Mulher apaixonada é assim mesmo. Ela era virgem quando o conheceu e ficou dominada pelo sexo e pelas drogas, que experimentou com Daniel-disse ele, acrescentando que prefere um júri formado em sua maioria por mulheres.
- Elas sim entendem a importância da primeira vez - afirmou, criando ainda mais polêmica sobre o caso.
O mais novo argumento de Nacif, mostra que Daniel teria apelado para a interferência de um espírito maligno para fazê-la participar do crime. Como Suzane teria medo de assombração, obedeceu.
Além dos argumentos polêmicos, Nacif tem outras polêmicas em sua carreira. Uma delas é a sociedade com os primeiros advogados de Suzane, Mário de Oliveira e Mário Sérgio de Oliveira. Amigos em comum dos advogados negam a sociedade. Eles dizem que Nacif entrou no caso por ser muito amigo de Mário de Oliveira.
- Eu e os doutores Mário de Oliveira e Mário Sérgio de Oliveira somos sócios no escritório - afirma, apesar de o cartão de visita dele indicar um outro endereço comercial, no bairro do Paraíso, zona sul da capital. O escritório dos outros advogados fica no centro da cidade.
Formado em 1969, pela Universidade Mackenzie, Nacif chegou a ganhar o prêmio de criminalista do ano, em 1993, da Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo e da Ordem dos Advogados do Brasil. Com teses polêmicas para a defesa, ele volta a ganhar notoriedade.
- A tese de defesa de Suzane está pronta. É a própria história dela. Até os 15 anos, ela convivia bem com a família. Foi depois do namoro que tudo aconteceu - confirmando que acusará Daniel Cravinhos pela autoria intelectual do crime.
Com 38 anos de experiência, Nacif parece realmente acreditar em tudo que diz. Não é impossível que convença também os jurados.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião