O senador Delcídio Amaral (PT-MS), preso na manhã desta quinta-feira (25) por tentativa de obstruir as investigações da Operação Lava Jato , passou a noite em uma sala especial na superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Nesta quinta-feira (26), o parlamentar recebeu a visita de seu advogado e deve prestar depoimento na própria superintendência. Como parlamentar, o petista possui a prerrogativa de ser mantido em sala especial.
A possível transferência do senador para o Complexo Penitenciário da Papuda exige determinação do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a prisão de Delcídio. A solicitação para transferência pode ser feita pela defesa, pelo Senado ou pela própria Polícia Federal se constatar que há necessidade de retirá-lo da superintendência.
Nesta manhã, Delcídio recebeu a visita do advogado Maurício Leite, que foi acompanhado por outros dois advogados para um primeiro contato com o parlamentar após a prisão.
Já o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, permanece na sede da Superintendência da PF no Rio de Janeiro. A prisão do executivo é temporária e tem duração máxima de cinco dias. Caso seja prorrogada ou transformada em prisão preventiva – sem data para acabar –, Esteves pode ser transferido para Brasília. Ontem, a defesa do banqueiro entrou com um pedido de revogação da prisão no Supremo Tribunal Federal.
Em conversas gravadas pelo filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Esteves é apontado por Delcídio como um possível financiador do pagamento de vantagens indevidas à família do ex-dirigente da estatal. Nas conversas, o senador tentava comprar o silêncio de Cerveró para evitar menção a seu nome e ao nome do Banco BTG Pactual em um acordo de delação premiada.
O chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira, também preso nesta quarta, passou a noite em uma cela da superintendência da PF em Brasília. Já o advogado Edson Ribeiro, que também teve ordem de prisão decretada, foi localizado nos Estados Unidos e deve ser trazido a Brasília assim que os trâmites burocráticos para sua prisão forem realizados. Ele foi incluído na lista de “procurados” da Interpol com autorização do ministro Teori Zavascki.
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