O advogado dos executivos da empresa Arxo, presos temporariamente nesta quinta-feira (5) durante a nona fase da Operação Lava Jato, afirmou que a denúncia feita por uma ex-funcionária da empresa foi motivada por revanchismo.

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"Essa prisão e essas medidas que foram tomadas contra a empresa são fruto de uma vingança dessa funcionária que foi pega desviando dinheiro da empresa e já foi inclusive demitida", disse o advogado Leonardo Pereima.

De acordo com Pereima, a Arxo descobriu que a funcionária teria desviado cerca de R$ 1 milhão da empresa. "A Arxo descobriu que ela estava cometendo desvios, fraudes dentro da empresa", disse o advogado.

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A empresa foi alvo de cumprimento de mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (5) durante a deflagração da nona fase da Operação Lava Jato. Na sede da empresa, a Polícia Federal encontrou dinheiro escondido, mas ainda não divulgou o valor. "Esse dinheiro parte era para pagamento de funcionários e parte era do pró-labore de um dos sócios", disse Pereima.

Segundo a PF, foram encontradas moedas nacional e estrangeira na empresa. "Nós temos um dos sócios que residia no exterior há muito tempo. Parte do dinheiro era dele", explicou o advogado.

Três executivos da empresa tiveram a prisão temporária decretada. O sócio proprietário Gilson João Pereira e o diretor financeiro Sérgio Maçaneiro foram presos ontem em Santa Catarina e já estão na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde devem prestar depoimento ainda hoje. Já o sócio João Gualberto Pereira Neto está em viagem ao exterior, mas segundo Pereima retorna ainda nesta sexta-feira (6) e vai se entregar à polícia.

De acordo com os investigadores da Lava Jato, a Arxo é acusada de fraudar licitações e pagar propina para firmar contratos com a BR Distribuidora. "Todas as licitações que a Arxo participou foram certames regulares, procedimentos lícitos, que foram aprovados e estão dentro dos padrões legais", disse o advogado dos executivos. "A diretoria da Arxo desconhece qualquer pagamento de propina", completou.

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