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O Ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Rocha Santos Padilha, disse nesta sexta-feira (4) que acontecimentos como as denúncias envolvendo o Governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), e a planilha secreta da Construtora Camargo Corrêa revelada na Operação Castelo de Areia tornam a reforma política ainda mais importante. "Mais do que nunca o tema da reforma política e dos financiamentos das campanhas é um tema prioritário a ser tratado pelo Congresso Nacional", afirmou o ministro na Oficina de Gestão Pública realizada no Guarujá, na Baixada Santista.

De acordo com Padilha, o debate da reforma cabe ao Congresso e o Executivo já fez sua parte ao encaminhar propostas para serem debatidas na Casa. "Eu acho que o Congresso Nacional tem todas as condições de chamar pra si o debate da reforma política. O governo do presidente Lula já encaminhou propostas, sugestões para esse debate. Esse é um tema muito forte e de prerrogativa do Congresso Nacional. O executivo tem a preocupação de sugerir temas de debate, mas sem querer ultrapassar a prerrogativa do Congresso", disse.

O ministro afirmou ainda que tem abordado o tema com os líderes das bancadas e com o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), e que Congresso e partidos parecem motivados a priorizar a reforma política. "Temos duas semanas só no Congresso (esse ano). Esse pode ser o grande tema dos partidos políticos no Congresso Nacional quando retomarem a legislatura no ano que vem".

Segundo o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), uma reforma política profunda que criasse financiamentos públicos exclusivos às campanhas eleitorais "reduziria substancialmente" casos de corrupção como os investigados no Distrito Federal. "Claramente é o tipo de envolvimento que não é só da política. Tem gente roubando, na minha visão e para isso precisa investigação e cadeia. Agora há uma motivação política em vários casos, que é o caixa dois, é o financiamento de campanha, e isso nós podemos resolver pelo menos uma parte relevante se fizermos uma reforma política", disse o senador.

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