O PP anunciou no plenário da Câmara nesta sexta-feira voto favorável ao impeachment de Dilma Rousseff . Contrariando o presidente nacional da legenda, Ciro Nogueira, a bancada de deputados anunciou o desembarque do governo na última segunda-feira. A iniciativa acabou seno seguida por Ciro e pelo ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, que entregou o cargo a Dilma.
Coube ao deputado Esperidião Amin (PP-SC) fazer o encaminhamento do partido.
“Anunciar que nosso partido vai encaminhar o voto sim ao impeachment. Não vamos fazer isso com prazer, não vamos nos regozijar - disse Amin. Amin chamou o processo de afastamento e Dilma como “chance de viver do país” e afirmou que o esquema de propinas relacionadas a Operação Lava Jato é “campeão mundial da corrupção.”
“O que virá depois vai depender da nossa sensatez”, discursou o progressista.
O deputado Júlio Lopes (PP-RJ) afirmou que a aprovação do processo de impeachment não é movido por vingança, mas por crimes cometidos pela presidente:
“Estamos aqui para punir quem comete transgressões. Façamos com energia e vigor, mas não com sentido de vingança ou retaliação. Temos que punir com firmeza e também exaltar os que se tornam heróis da Pátria, como o juiz Sergio Moro.”
O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), que liderou o grupo pro-impeachment na bancada do partido, afirmou que nascerá um novo Brasil a partir de segunda-feira. Pediu responsabilidade ao novo governo. “Não existe ninguém acima da lei. Chega de mentiras e de desrespeito com a coisa pública.”
O deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS) chamou de “quadrilha” o PT e o governo Dilma. “Nossa esperança é o domingo. Vamos tirar essa quadrilha que está assolando o povo brasileiro. O brasileiro está sendo usurpado. Esse povo deve ir às ruas para cobrar de seus deputados que faça alguma coisa”, discursou.
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