O deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) tem se esquivado de perguntas feitas na sessão desta terça-feira (26) pelo relator de seu processo no Conselho de Ética, Nazareno Fonteles (PT-PI). É a primeira vez que Moreira tem que responder a perguntas no Conselho. Até agora, ele só havia feito sua defesa sem questionamentos. Nas únicas perguntas que Moreira respondeu até agora, ele fez leitura de trechos da defesa já apresentada.

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A denúncia contra Moreira chegou ao Conselho de Ética depois de investigação preliminar na corregedoria da Câmara, realizada por uma comissão de sindicância. Segundo esta investigação, o deputado utilizou notas de uma empresa de sua propriedade para receber recursos da verba indenizatória. Ele não conseguiu convencer a comissão de que os serviços realmente foram prestados. Moreira ganhou notoriedade por ter um castelo de R$ 25 milhões em nome dos filhos, mas este fato não é alvo de investigação.

A primeira pergunta feita pelo relator é porque o colega só começou a pedir ressarcimento de gastos com segurança por meio da verba indenizatória a partir de maio de 2007, uma vez que já utilizava estes serviços antes. Na sequencia, Fonteles perguntou sobre os outros gastos com consultorias e assessorias para projetos. Nestes dois casos, Moreira não respondeu.

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Fonteles perguntou em seguida a Moreira sobre o financiamento de sua campanha pelas empresas de sua propriedade e perguntou porque vendeu duas delas. O deputado dono do castelo não respondeu novamente e se irritou: "O senhor está me dando uma nota antes de corrigir a prova."

O relator perguntou ainda sobre o contrato que uma empresa de Moreira tinha com um banco, encerrado ainda em 2008. Fonteles queria saber como este contrato funcionava para traçar um paralelo com o que foi feito com a verba indenizatória. Novamente, o deputado dono do castelo não respondeu.

Moreira só começou a responder quando Fonteles lhe perguntou sobre a prestação de serviços. Ele voltou a ler trechos de sua defesa, mas não respondeu diretamente ao questionamento do relator sobre quem recebia o dinheiro pago por meio da verba indenizatória.

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