O deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) negou nesta sexta-feira (18), em nota, que exista blindagem nos trabalhos da CPI do Cachoeira. Na quinta-feira ele foi flagrado ao enviar uma mensagem de celular ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), em que dizia que o peemedebista não precisaria se preocupar.
O governador corria o risco de ser convocado a depor na comissão.As imagens da troca de mensagens de celular entre Vaccarezza, um dos principais articuladores da base governista na CPI, e Cabral foram registradas por um cinegrafista e exibidas na edição do jornal "SBT Brasil".
Na nota, Vaccarezza disse que qualquer pessoa que tiver relação com a organização de Carlos Cachoeira será investigado. "Não vamos compactuar com a espetacularização ou com o esvaziamento da investigação."
O deputado afirma que o texto da mensagem captado pela TV "refletiu sua preocupação pessoal com tensionamentos pontuais entre o PT e o PMDB" e que seu objetivo foi de "deixar claro ao governador Sérgio Cabral que, apesar das discordâncias pontuais, a boa relação entre nossos partidos deve ser mantida".
Ele também disse que o governador Sérgio Cabral (PMDB) não foi citado em nenhuma gravação dos inquéritos, conforme atestado nos depoimentos dos delegados da Polícia Federal à comissão e que, portanto, "não tem sentido falar em uma suposta blindagem".
No entanto, o deputado diferencia o caso do governado do Rio do possível envolvimento de Marconi Perillo (PSDB) com Cachoeira: "Contra quem pesam suspeitas fortes de que havia uma cota de funcionários do seu governo indicados pela organização criminosa, principalmente na Polícia Civil e no Detran-GO".
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