Levantamento na base de dados do Supremo Tribunal Federal (STF) mostra que dez dos 19 correligionários de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) no Senado respondem a processo ou são investigados. No total, a bancada do PMDB contabiliza 13 inquéritos, 4 ações penais e 5 investigações. Em entrevista à revista "Veja", Jarbas disse que no PMDB "boa parte quer mesmo é corrupção".
Um dos casos mais adiantados no STF envolve Valdir Raupp (PMDB-RO), ex-líder do partido no Senado. Ele foi denunciado pelo Ministério Público acusado de usar dinheiro obtido de empréstimo do Banco Mundial, quando era governador de Rondônia, para finalidades distintas das previstas em contrato. Até o momento, seis ministros votaram a favor de ação penal no STF. Apenas um votou por arquivar o caso. Se aceita a denúncia, será a terceira ação penal a que Raupp terá de responder no STF.
O senador afirma estar tranquilo em relação ao julgamento, disse ser inocente e garante que aplicou corretamente os recursos.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), livrou-se recentemente do inquérito mais problemático que corria contra ele no STF graças à morosidade da Justiça. Era acusado de utilizar fazendas inexistentes para obter empréstimo do Banco do Amazonas. O inquérito foi arquivado porque os crimes prescreveram. No STF, Jucá responde a mais dois inquéritos.
De acordo com o líder, os processos são de "cunho político-eleitoral" e fazem parte do jogo político e das disputas com adversários.
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), é alvo de inquérito em que o Ministério Público apura se ele teve despesas pessoais pagas por uma empreiteira e se apresentou notas fiscais falsas para comprovar a venda de bois. A denúncia o levou a renunciar à presidência do Senado, em 2007.
Pela assessoria de imprensa, Renan afirmou ter ele mesmo pedido ao procurador-geral, Antonio Fernando de Souza, a abertura da investigação.
Deixe sua opinião