A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, considerou como uma tentativa de interditar o governo a ação movida pelo DEM e o PSDB contra ela e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por propaganda eleitoral em encontro com os novos prefeitos, promovido pelo governo federal no início do mês, em Brasília.
"Trata-se de uma ação política, tendo em vista uma tentativa de bloquear a ação do governo, de interditar o governo", disse nesta sexta-feira (27) a ministra, que integrou a comitiva do presidente Lula em viagem a Florianópolis (SC) para inauguração de uma linha de transmissão de energia elétrica.
"A ausência de projeto da oposição para a crise, a ausência de projeto de governo, faz com que a oposição tente impedir que o governo governe, o que é bastante inconveniente. Não achamos que é do jogo político interditar a ação governamental", completou, em entrevista à imprensa.
A Advocacia Geral da União (AGU) deve apresentar ainda hoje ao TSE a defesa de Lula e Dilma. Um dos argumentos é que o governador de São Paulo, José Serra, do PSDB, partido co-autor do processo, também organizou encontros com prefeitos. O TSE notificou ontem (26) o presidente e a ministra. O prazo para apresentação da defesa vai até segunda-feira (2).
Em Santa Catarina, Dilma afirmou que continuará viajando pelo país, pois é uma das suas tarefas, como coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Eu nunca vi interditar alguém de viajar no Brasil. Por que só eu?", questionou.
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