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O operador Mário Goes, dono da Rio Marine Óleo e Gás e da Mago Consultoria, e suspeito de repassado dinheiro de propina para as construtoras Odebrecht e Andradez Gutierrez, pode ser o 19º delator da Operação Lava Jato. Ele é mais um dos investigados disposto a contar o que sabe para reduzir sua pena. A investigação da PF mostrou que ele recebeu de empreiteiras, 2003 a 2014, R$ 220 milhões. O dinheiro, segundo os peritos, correspondeu a pagamentos feitos por meio de contratos falsos de prestação de serviços de consultoria. As transferências da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, as duas maiores empresas de construção do país, pagaram a Goes R$ 6,4 milhões entre 2004 e 2009.

A PF também identificou um pagamento feito por Goes, no valor de R$ 70 mil, feito em 2007 a Pedro Barusco, ex-gerente da estatal. A maioria das saídas das contas das empresas de Goes, era em dinheiro em espécie, no boca do caixa. No total, R$ 70 milhões saíram desta forma e, em grande parte, os saques eram em valores menores, para escapar do controle do Banco Central.

Barusco, que também é um dos delatores, afirmou ter retirado propina em dinheiro vivo na casa de Goes, no Rio de Janeiro, em mochilas com valores que variavam de R$ 300 mil a R$ 500 mil em cada uma. O dinheiro era repartido semanalmente entre Barusco e seu chefe, Renato Duque. Goes usava uma conta chamada Maranelli para enviar dinheiro para Barusco e Duque na Suíça.

Na última sexta-feira, o MPF informou que está negociando em sigilo seis novos acordos de delação premiada na Lava Jato.

Contra Goes pesa a acusação de que ele conhecia e participava de todo o esquema de corrupção que beneficiava a Odebrecht. Ao longo do processo, o MPF tem sustentado que e-mails trocados entre a cúpula da empreiteira mostram que Marcelo sabia das negociações irregulares.

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