Duda Mendonça admitiu ter recebido no exterior R$ 10 milhões da campanha de Lula em 2002.| Foto: Bernando Helio/Câmara dos Deputados

João Santana não é o primeiro marqueteiro do PT envolvido em escândalos de corrupção. Um caso bastante parecido já foi responsável por manchar a reputação do partido em 2005, durante a CPI dos Correios, que investigou o mensalão. Responsável pela campanha presidencial de Lula em 2002, o publicitário Duda Mendonça afirmou na CPI ter recebido mais de R$ 10 milhões em uma offshore nas Bahamas.

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A campanha do ex-presidente teria custado R$ 25 milhões. Ao assumir o marketing da campanha, Mendonça investiu no estilo “Lulinha Paz e Amor” e em comerciais emotivos eleger o candidato.

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Em 2012, Mendonça foi absolvido no processo do mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele respondia pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, por ter recebido recursos do esquema do publicitário Marcos Valério.

O dinheiro teria vindo do “núcleo publicitário”, composto por Marcos Valério e seu grupo, que atuava como fiador do PT em empréstimos ao partido nos Bancos Rural e BMG.

De acordo com as investigações, os empréstimos seriam uma maneira de disfarçar a origem dos valores desviados de contratos fraudulentos das agências de Valério com empresas públicas, como o Banco do Brasil.

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Sociedade

João Santana chegou a trabalhar com Duda Mendonça por cerca de sete anos. Começou como funcionário, em 1994, mas logo virou sócio do publicitário. A sociedade acabou em 2001, antes da campanha de Lula.