Com folders e praguitas (adesivos para pregar nas roupas) o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) lança no final da tarde desta terça-feira (2), no Salão Verde, sua campanha à Presidência da Casa. A eleição acontece só em fevereiro, mas o peemedebistas largou na frente e já conseguiu apoio formal de duas legendas - PSC e Solidariedade. Entre os 10 compromissos de campanha, Eduardo Cunha listou reivindicações corporativas antigas de parlamentares: a equiparação dos subsídios dos deputados aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal, fortalecimento da ação da procuradoria parlamentar em defesa da Casa e das prerrogativas dos parlamentares e garantia de vagas na Mesa Diretora da Câmara para a bancada feminina, fortalecimento da cobertura de atividades parlamentares nos estados pela TV Câmara. Também prometeu implementar as emendas individuais impositivas e dar tratamento equivalente a emendas coletivas.
O candidato do PMDB também promete pauta, de forma imediata, as reformas política e tributária na Casa e definir, com o colégio de líderes, a pauta de votações, antecipando a todos os deputados o que será votado. Também há a promessa de fazer uma reforma administrativa na Casa, para otimizar a gestão e garantir a modernização digital, "sobretudo dos gabinetes parlamentares". Há ainda o compromisso de dar início imediato à licitação e construção do Anexo V da Casa, para acomodar, entre outras coisas, a Biblioteca da Casa.
Deputados do PMDB e o próprio Cunha já estão usando, nas lapelas dos ternos, a praguita da campanha. Nesta terça-feira, Eduardo Cunha foi aplaudido por cerca de 50 deputados da Frente Parlamentar da Agricultura e Pecuária ao defender a independência do Legislativo. O slogan de campanha de Cunha será "Câmara independente, democracia forte".
Segundo deputados que participaram do encontro, Eduardo Cunha comprometeu-se a participar, de forma periódica de reunião da Frente Parlamentar da Agricultura e Pecuária, mas no encontro, não se comprometeu com temas mais polêmicos, como o pedido feito por alguns para apoiar o avanço da PEC 215, que transfere para o Congresso a demarcação de terras indígenas. Segundo os deputados, Eduardo Cunha, ao falar depois de ouvir os discursos dos deputados da frente, não tocou neste assunto.
"Ele disse que como presidente não defenderá nem a oposição, nem a situação, mas vai trabalhar pela independência da Câmara. No almoço de hoje (terça), com deputados da frente, disse que queria tranquilizar os deputados e comprometeu-se a participar periodicamente das reuniões, como forma de saber e dar andamento a reivindicações. Os maiores apelos foram para ajudar na melhoria da logística para a agricultura, pecuária e pesca. Foi aplaudido por todos", contou o deputado Edinho Bez (PMDB-SC), presente no almoço. "O Eduardo está bem e deve ganhar essa eleição da Câmara. Ele é preparado e demonstra ser independente e corajoso. Não votei nele para líder, votei no Osmar Terra, mas tenho que reconhecer que ele é um excelente líder da bancada."
Segundo deputados, havia representantes da maior parte dos partidos da Casa, com exceção do PT no almoço da frente.
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Síria: o que esperar depois da queda da ditadura de Assad
Vácuo de poder deixa Síria entre risco de Estado terrorista e remota expectativa de democracia
Deixe sua opinião