Para alimentar os estômagos e, principalmente, as finanças da campanha, o PT de Curitiba, que está coligado ao PHS, PSC, PTC, PRB e PMN, vai realizar na sexta-feira (15) um jantar, no restaurante Madalosso, no bairro Santa Felicidade, com a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, liberada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para fazer campanha em alguns municípios, entre eles Curitiba. Mas a presença dos comensais será restrita a quem se dispuser a pagar R$ 1 mil.
"Será dirigido mais a profissionais liberais, empresários, comerciantes, formadores de opinião", disse o coordenador da campanha, André Passos. A expectativa é arrecadar R$ 500 mil. A estimativa de gastos apresentada pelo partido é de R$ 13 milhões. Na primeira prestação parcial de contas, entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a informação é de que foram arrecadados pouco mais de R$ 1 milhão e gastos pouco mais de R$ 932 mil. Apontada como uma das possíveis candidatas à Presidência da República em 2010, Rousseff deverá falar aos participantes do evento sobre a conjuntura nacional.
Passos disse que, em razão da legislação eleitoral "felizmente mais rígida", o partido optou por realizar o jantar, com valor alto, para que as pessoas que faziam contribuições de forma "pingada" possam fazê-lo de uma única vez. Ele espera que a presença da ministra entusiasme contribuintes. "A Dilma tem relações ideológicas e partidárias com a Gleisi, mas também há um estreitamento administrativo", salientou.
Mas o PT curitibano não quer perder a oportunidade de engajar a militância e colocá-la nas ruas tendo à frente uma personalidade nacional. Por isso, na manhã de sábado está prevista uma caminhada da ministra pelo calçadão da Rua 15 de Novembro, com provável discurso no local conhecido como Boca Maldita. "Ela está inaugurando os apoios nacionais por Curitiba", destacou o coordenador da campanha.
A presença de Dilma foi articulada pelo ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, marido de Gleisi. O PT espera impulsionar a candidatura com outros personagens, como o senador Eduardo Suplicy, nos dias 22 e 23, e o ministro da Justiça, Tarso Genro, sem data definida.
Jantar com Aécio
Mas não será apenas o PT a organizar jantares com convites custando R$ 1 mil. O PSDB, que está coligado a PDT, PPS, PSB, DEM, PSL, PT do B e PSDC, planeja para o dia 9 de setembro uma festa semelhante, com a presença do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). O objetivo é arrecadar R$ 1 milhão. No planejamento do partido, apresentado à Justiça Eleitoral, está o gasto de R$ 9 milhões. Na primeira prestação de contas, já tinha arrecadado R$ 1,2 milhão e gasto R$ 416 mil. O partido também tenta agendar uma data para que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), desfile com o candidato Beto Richa em Curitiba, que lidera as pesquisas de intenção de voto.