Datas
Votação será dia 31 de outubro
O segundo turno das eleições para a Presidência da República está marcada para o dia 31 de outubro. A propaganda eleitoral gratuita será dividida em dois períodos diários de 20 minutos, inclusive aos domingos. Os programas dos candidatos começarão a ser exibidos 48 horas após a proclamação dos resultados do primeiro turno pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os candidatos do PT, Dilma Rousseff, e do PSDB, José Serra, disputarão o segundo turno da eleição presidencial no dia 31 de outubro. Marina Silva (PV) cresceu na reta final, mas não teve fôlego para ultrapassar o segundo colocado.Às 00h20, quando haviam sido apuradas 99,81% das urnas, Dilma tinha cerca de 46,88% dos votos válidos, quatro pontos porcentuais a menos do que o mínimo necessário para encerrar a disputa no primeiro turno (50% mais um).
O desempenho da petista ficou abaixo do que previam, na véspera da eleição, os institutos de pesquisa Ibope e Datafolha. Pesquisa de boca de urna feita ontem pelo Ibope, apenas com eleitores que já haviam votado, indicava que Dilma teria 51% dos votos válidos levando-se em conta a margem de erro, de 49% a 53%.
Serra, às 00h20, tinha 32,62% dos votos válidos. A pesquisa de boca de urna previa que ele chegasse a 30%. E Marina, a surpresa da eleição, chegou a 19,35%, dois pontos porcentuais a mais do que previa o último levantamento do Ibope.
Inversão
O candidato do PSDB venceu em estados onde Dilma era tida como favorita ainda na véspera da votação. Em São Paulo, por exemplo, abocanhou cerca de 41% do eleitorado, contra 37% para Dilma.
Uma semana antes da eleição, o Ibope indicava um quadro invertido em São Paulo: a petista liderava com 45% dos votos válidos, seguida pelo tucano, com 39%. Marina aparecia com 14% no estado, e acabou com 21% seu eleitorado, portanto, cresceu 50% em uma semana no maior colégio eleitoral do país.
Na Região Sul, Serra perdeu no Rio Grande do Sul, mas colheu duas vitórias imprevistas pelos institutos de pesquisa no Paraná (44% a 39%) e em Santa Catarina (46% a 39%).
Na Região Centro-Oeste, o tucano venceu em Mato Grosso do Sul, por pequena margem (42% a 40%), mas ainda assim em um estado onde a previsão era de desvantagem em relação a Dilma.
Fator Nordeste
Enquanto Serra virava o jogo em estados-chave do Sudeste, do Sul e do Centro-Oeste, Dilma apresentava desempenho inferior ao previsto no Nordeste, seu principal reduto eleitoral.
O crescimento de Marina no eleitorado nordestino fez com que a candidata do PT ficasse, em parte dos Estados da região, abaixo do patamar previsto pelos institutos, de cerca de 65% dos votos válidos.
Na Bahia, maior colégio eleitoral do Nordeste, a petista obteve 62%, quase o triplo do obtido por Serra. Em Pernambuco, terra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve 61%. No Rio Grande do Norte, na Paraíba e em Sergipe o desempenho ficou abaixo dos 55%. Os estados nordestinos onde Dilma foi melhor foram o Maranhão (70%), o Ceará (66%) e o Piauí (67%).
Efeito Marina
Tanto PT quanto PSDB perderam espaço em comparação com o resultado de 2006. Nas áreas onde ganhou há quatro anos, o então candidato Lula teve margens maiores do que Dilma. Da mesma forma, Geraldo Alckmin, candidato na época pelo PSDB, venceu com mais folga do que Serra nas áreas "tucanas" do país.
A responsável por essa mudança é Marina, embora ela seja praticamente invisível no mapa além do Distrito Federal, ela venceu em poucas cidades da Região Sudeste, e perdeu até em Rio Branco, cidade onde desenvolveu toda sua carreira política.
Em 2006, a terceira força na eleição era representada pela alagoana Heloísa Helena, do PSOL, que definhou na reta final do primeiro turno e acabou com menos de 7% dos votos válidos.Marina teve o triplo dos votos de Heloísa, e chegou a vencer em alguns lugares, algo que a representante do PSol não conseguiu há quatro anos.
Governo pressiona STF a mudar Marco Civil da Internet e big techs temem retrocessos na liberdade de expressão
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Yamandú Orsi, de centro-esquerda, é o novo presidente do Uruguai
Por que Trump não pode se candidatar novamente à presidência – e Lula pode