A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou ontem que não tinha conhecimento da participação do filho da ex-ministra Erenice Guerra, da Casa Civil, em assuntos do governo. "Não tinha nenhum filho da Erenice na Casa Civil. O que tinha lá eram amigos dele [trabalhando no governo]. Se esses amigos cometeram algum delito, lamento a indicação deles. Lamento profundamente’’, afirmou.

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Israel Guerra, filho da sucessora de Dilma na Casa Civil, é investigado, junto com dois amigos, sob a suspeita de participar de lobbies no ministério antes comandado pela petista, usando uma empresa privada para intermediar reuniões, viabilizar projetos e liberar recursos.

A candidata ainda foi interpelada sobre reportagem da revista Veja deste fim de semana, que informa que um funcionário do Planalto recebeu propina na Casa Civil. Dilma afirmou que não leu o texto e que não poderia comentar as denúncias, mas disse que os fatos têm que ser "rigorosamente apurados’’.

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"Acredito que as pessoas culpadas têm que ser drasticamente punidas. [Mas] Não se pode confundir a instituição com as pessoas. As pessoas são passíveis de cometer atos ilegais e errados.’’ E continuou: "Jamais permiti, jamais abriguei práticas ilegais nas proximidades. Não faria isso também na minha campanha’’.

Consultor

A petista também disse que não sabe dos alertas que o consultor Rubnei Quícoli disse ter enviado ao e-mail da Casa Civil sobre a existência de de lobby. "Não cheguei a tomar conhecimento. Agora, eu acho estarrecedor que se dê credibilidade a uma pessoa com aquele currículo.’’

Com duas condenações na Justiça, Quícoli chegou a ficar preso cerca de dez meses. A EDRB, da qual ele era consultor, acusa Israel de cobrar dinheiro para obter liberação de empréstimo no BNDES.

Questionada se o episódio afeta sua campanha, ela disse: "Tem que haver uma ligação entre isso e a minha campanha, entre isso e a minha pessoa. Eu tenho 25 anos de vida pública, não tenho nenhuma conta rejeitada’’.

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