A coligação que apoia a candidatura de Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), à presidência da República, ajuizou nesta sexta-feira à noite uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo direito de resposta e interrupção da veiculação da propaganda eleitoral da coligação adversária que menciona a quebra de sigilo fiscal da filha do presidenciável José Serra, candidato do PSDB.
A publicidade considerada irregular pela coligação de Dilma foi veiculada nesta quinta-feira (2) no horário noturno da propaganda eleitoral em bloco de José Serra. A coligação do PT diz, na ação, que, durante 5 minutos e 5 segundos de propaganda, "houve a intenção clara de confundir a cabeça do eleitor com uma profusão de fatos, misturados entre si, que não guardam a mínima relação".
A coligação de Dilma argumenta também que a propaganda, ao associar episódios como o "caso dos Aloprados", "caso Francenildo" e o "Mensalão" com a recente quebra do sigilo fiscal de Verônica Serra, filha do candidato tucano, tenta demonstrar uma "repetição" de fatos, "agora atribuída à candidata Dilma Rousseff.
Segundo a coligação de Dilma "a propaganda quer fazer crer que quem pratica um ato de violação do sigilo fiscal de alguém, como teriam feito "adversários" do candidato José Serra, utilizando-se da máquina pública da Receita Federal, podem ser associados a "arrombadores de residências que vasculham gavetas".
A coligação de Dilma afirma na ação que, desde que foi noticiada a quebra de sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, houve uma série de acusações de Serra na imprensa contra a candidata do PT à presidência, tentando responsabilizar a campanha dela pelos fatos ocorridos.
Tal conduta, argumenta a coligação da candidata Dilma Rousseff, tenta imputar à candidata e sua coligação a prática de "crime contra a democracia", "atentado contra a democracia" e "quebra de sigilo", além de "jogo sujo de campanha", "espionagem" e "chantagem". Defende na representação que as acusações incorrem em prática de calúnia eleitoral, injúria e difamação, condutas previstas nos artigos 324, 326 e 325 respectivamente do Código Eleitoral.
Assim, a coligação de Dilma Rousseff pede a concessão de liminar ao TSE para suspender a propaganda contestada e, no mérito, a concessão de direito de resposta no tempo de 5 minutos e 5 segundos no programa eleitoral em bloco de Serra exibido à noite; e a condenação da coligação de José Serra à perda de 10 minutos e 10 segundos (equivalente ao dobro do tempo da propaganda veiculada). O relator da representação é o ministro Joelson Dias.
- Lula questiona quebra de sigilo fiscal da filha de Serra
- Em comício sem Dilma, Lula diz que "mentira tem perna curta"
- Ministro admite que vazamentos são "muito" comuns
- Serra diz ter alertado Lula. Presidente nega
- PF investiga se também houve violação de contas do Banco do Brasil
- Falso procurador da filha de Serra foi filiado ao PT, informa TRE-SP
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais