A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, encaminhou nesta terça-feira (14) ofícios aos ministros Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União (CGU), e Luiz Paulo Barreto, da Justiça, solicitando que as denúncias feitas pela revista "Veja" no último final de semana sejam investigadas "rigorosamente".

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"Chamo a atenção do Brasil para a impressionante e indisfarçável campanha de difamação que se inicia contra minha pessoa, minha vida e minha família, sem nada poupar, apenas em favor de um candidato aético e já derrotado, em tentativa desesperada da criação de um 'fato novo' que anime aqueles a quem o povo brasileiro tem rejeitado", diz a nota encaminhada à imprensa.

A ministra e o filho dela, Israel Guerra, são apontados pela revista como integrantes de um suposto esquema de tráfico de influência no governo.

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"Solicito a Vossa Excelência a adoção dos procedimentos cabíveis no âmbito desta pasta, a fim de averiguar os fatos que estão sendo imputados de forma caluniosa, inverídica e sem sustentação, a membros de minha família", diz a ministra em ofício encaminhado ao ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto.

Ao ministro do Controle e da Transparência, Jorge Hage Sobrinho, Erenice Guerra pede a abertura de auditorias nos órgãos relacionados nas denúncias -Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Correios e Empresa de Pesquisa Energética (EPE). "... Solicito a Vossa Excelência que a Controladoria-Geral da União promova uma imediata auditoria nos referidos órgãos, relacionada aos contratos e procedimentos aqui listados, a fim de apurar quaisquer ações, atos ou atitudes que possam ser caracterizadas como infrações ou intervenções indevidas", diz o ofício.

Abaixo, a íntegra de nota à imprensa divulgada na tarde desta terça (14) pela ministra:

"NOTA À IMPRENSA

1. Encaminhei aos Ministros Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União, e Luis Paulo Teles, da Justiça, ofícios em que solicito que se procedam todas as investigações necessárias no sentido de apurar rigorosamente os fatos relatados em matéria publicada pela revista Veja, em sua edição mais recente, e que envolvem tanto minha conduta administrativa quanto a de familiares meus.

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2. Espero celeridade e creio na exação e competência das autoridades às quais solicitei tais apurações.

3. Reafirmo ser fundamental defender-me de forma aberta e transparente das mentiras assacadas pela revista Veja. E assim o faço diante daquela que já é a mais desmentida e desmoralizada das matérias publicadas ao longo da história da imprensa brasileira.

4. Lamento, sinceramente, que por conta da exploração político-eleitoral, mais que distorcer ou inventar fatos, se invista contra a honra alheia sem o menor pudor, sem qualquer respeito humano ou, no mínimo, com a total ausência de qualquer critério profissional ou ética jornalística.

5. Chamo a atenção do Brasil para a impressionante e indisfarçável campanha de difamação que se inicia contra minha pessoa, minha vida e minha família, sem nada poupar, apenas em favor de um candidato aético e já derrotado, em tentativa desesperada da criação de um "fato novo" que anime aqueles a quem o povo brasileiro tem rejeitado.

6. Pois o fato novo está criado e diante dos olhos da Nação: é minha disposição inabalável de enfrentar a mentira com a força da verdade e resoluta fé na Justiça de meu país, sem medo e sem ódio.

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Erenice GuerraMinistra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República

14 de setembro de 2010"