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“Já falei para a Dilma que, para cada creche que ela fizer no Paraná, eu faço outra", Osmar Dias (PDT), candidato ao governo do estado | Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo
“Já falei para a Dilma que, para cada creche que ela fizer no Paraná, eu faço outra", Osmar Dias (PDT), candidato ao governo do estado| Foto: Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo

Pedetista cola sua imagem à de Dilma

O candidato a governador Osmar Dias (PDT) intensificou nos últimos dias a estratégia de tentar associar sua imagem à da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e de fazer promessas de que ela o atenderá em reivindicações federais.

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Adversários trocam alfinetadas

Além de usar os 40 minutos a que tiveram direito para tentar convencer os 150 secretários no evento da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação no Paraná (Undime-PR) de que são os mais preparados para governar o Paraná, Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT) trocaram farpas entre si. Mesmo discursando em momentos distintos, os candidatos não esqueceram da campanha paralela, a que visa a minar o concorrente.

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Os dois principais candidatos ao governo do Paraná, Osmar Dias (PDT) e Beto Richa (PSDB), apresentaram ontem, em Curitiba, suas propostas para a área de educação. Elas foram recebidas de forma bem diferenciada por uma plateia de secretários de Educação de 150 cidades paranaenses, em um evento organizado pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação no Paraná (Undime-PR).

As ideias de Osmar, apresentadas de forma mais técnica, foram recebidas com certa frieza. Já o tucano, que adotou uma linha generalista nas proposições, deixou a sala de conferências do hotel em que o encontro foi organizado aplaudido de pé. Isso depois de ter sido recepcionado com entusiasmados gritos de "meu governador".

Osmar usou os 40 minutos a que teve direito para detalhar sua proposta de campanha para o setor. Prometeu, entre outras coisas, implantar o ensino em tempo integral em 800 escolas do estado, levar a educação para mais perto da população como forma de diminuir o valor gasto com transporte, universalizar a internet por meio da rede de fibras ópticas da Copel, além de ressaltar a importância de um plano de carreira para todos os professores. "Vocês serão recebidos semanalmente por mim se assim decidirem", declarou, recebendo aplausos.

O pedetista fez ainda diversas referências durante o evento à petista Dilma Rousseff, candidata à Presidência da República e importante cabo eleitoral na dispu­ta pelo Palácio Iguaçu. Ga­­rantiu que irá aumentar consideravelmente o número de creches no Paraná, baseando-se no projeto da petista, que pretende construir 6 mil unidades no país durante seu mandato – 1,5 mil por ano. "Já falei para a Dilma que, para cada creche que ela fizer no Pa­­raná, eu faço outra", disse. "Se alguém pode garantir algo em relação a parcerias com o governo federal esse alguém sou eu, que tenho o seu apoio. Serei eu que poderei entrar pela porta da cozinha da casa da presidenta", emendou.

Na sua vez de falar, Richa preferiu caminhar em outra direção. Voltou no tempo para lembrar os feitos alcançados por seu pai, José Richa, durante o período em que administrou o Paraná (1982-1986). "O compromisso com a educação para mim não é peça de retórica. É a minha grande prioridade, assim como foi no governo do José Richa. Foi ele quem instituiu, por exemplo, o 13.º salário para os professores", ressaltou. A lembrança lhe rendeu ainda mais a simpatia do público.

Para falar do futuro, o tucano também recorreu ao passado. Disse que irá levar para o estado programas que "comprovadamente já deram certo em Curitiba" durante sua passagem pela prefeitura, entre 2005 e março deste ano. Disse ter contratatado 7 mil professores, dado aumento de 85% nos salários no período, promovido um programa de inclusão digital e instalado quadras cobertas para receber as famílias nos fins de semana – forma de diminuir a violência nos bairros. "Por isso que Curitiba, pela terceira vez consecutiva, tem o melhor desempenho entre as capitais no Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, indicador do ministério da Educação]", comentou, antes de pedir o voto de confiança dos secretários.

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