Ações de violência ocorridas neste fim de semana em São Paulo foram comentadas nesta segunda-feira (2) pelos três presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas de intenções de voto. Enquanto José Serra (PSDB) defendeu a gestão tucana no governo do estado, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) criticaram a política de segurança pública.
No sábado e no domingo, criminosos atacaram o tenente-coronel da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), Paulo Telhada, e também o quartel da corporação na capital paulista. Carros que estavam estacionados em ruas ou em um pátio que recebe carros apreendidos pela polícia foram incendiados na Zona Leste da capital paulista. O governo evita fazer ligação dos fatos com o crime organizado.
Serra defende política de segurança pública de São Paulo
Em evento no Rio de Janeiro, Dilma disse lamentar os episódios e citou ações realizadas na capital fluminense como exemplos de boas medidas de segurança pública. "Lamento profundamente que isso tenha ocorrido", disse.
"Temos aqui no Rio uma política que deu muito certo, não que ela acabe com a violência, mas ela dificulta extremamente o crime organizado, que foi a transferência de presos para presídios de segurança máxima", disse. Além de ressaltar a importância do isolamento de presos perigosos, Dilma destacou a construção das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
Marina cita descontrole
A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, afirmou que há "problemas de descontrole" na segurança pública do estado de São Paulo.
"Eu tenho insistido que precisamos fazer uma reforma da segurança. Mesmo estados como São Paulo, que tem 20 anos do mesmo governo e é o estado mais rico da federação, paga um dos piores pisos para policiais. E temos problemas de descontrole com a segurança, como vimos aqui", afirmou, fazendo referência aos ataques.
Serra defende gestão
O tucano, ex-governador de São Paulo, apontou que há uma "tendência decrescente do crime" no estado e creditou o avanço a gestões anteriores do PSDB. "Os dados recentes de segurança em São Paulo mostram a continuidade da melhoria das condições de segurança, que começou no fim da década passada com Covas (Mário Covas, ex-governador), prosseguiu de maneira firme e impressionante com Alckmin (Geraldo Alckmin, ex-governador) e que mantivemos no nosso governo", disse.
Serra acrescentou que a política estadual para a área é caracterizada por "firmeza na repressão dura ao crime" e respeito aos direitos humanos.
Estado diz que ação é limitadaNesta segunda, o governador de São Paulo, Alberto Goldman, disse acreditar que os ataques são "uma ação muito limitada" e afirmou que não há motivo para preocupação.
"Estamos tranquilos, a segurança está evidentemente cautelosa, com um cuidado maior, mas sem maior preocupação". A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública disse que, por enquanto, não comentará o assunto.
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