A presidenciável Marina Silva e o vice-candidato Guilherme Leal, representantes do PV nas eleições, assinaram nesta sexta-feira (6), em São Paulo, o "Pacto pela Juventude", documento com 12 diretrizes propostas por integrantes do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve).
"Todos pontos aqui colocados dizem respeito a uma demanda legítima do jovem brasileiro", comentou Marina. Citando números da Organização Internacional do Trabalho, a candidata lembrou que 60% dos jovens estão no mercado informal, sendo negros e mulheres a maioria nesse grupo.
Ela ressaltou que, no Dia Nacional da Juventude, deve assinar outro documento proposto pelos jovens que apóiam a candidatura e que contemple também questões ambientais que não foram contempladas no Pacto.
A candidata disse que espera que a política para os jovens seja intersetorial. Para Marina, a Secretaria Nacional da Juventude deve articular de fato as ações para os jovens. Ela disse que manteria a realização de conferências. "É um processo rico, se não for algo apenas para carimbar aquilo que o governante gostaria", disse.
Oportunidades
O empresário e candidato a vice, Guilherme Leal, destacou que os dilemas que foram colocados pelos jovens são também espaço para oportunidade. "A questão dos jovens é uma das questões centrais da sociedade brasileira", disse Guilherme Leal.
Guilherme destacou que diversas fragilidades da sociedade se concentram nessa faixa etária. "Tantas estatísticas mostram que a questão dos jovens merece políticas públicas de qualquer governante", afirmou. "Nessa juventude reside o potencial de transformação da sociedade brasileira", disse.
De acordo com os representantes do Conjuve, o mesmo documento deve ser apresentado aos demais presidenciáveis. "Esse pacto deve mesmo ser assinado por todos os candidatos", disse Marina.
Vitória no debate
A presidenciável Marina Silva comemorou o resultado dos debate realizado na noite de quinta-feira (5), descartando que ele tenha ficado polarizado entre José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). "Segundo as redes sociais, eu fui a ganhadora do debate", disse Marina. Ela disse que estava tranqüila e olhou para os concorrentes como "pessoas"e não inimigos que precisava derrotar.
Sobre as perguntas de Plínio Arruda Sampaio (PSOL), que a rotulou de ecocapitalista e Pollyanna, ela disse que não se preocupou com a abordagem. "As formas como meus interlocutores se dirigem a mim está na governabilidade deles. A pior forma de entrar numa discussão, no meu entendimento, é entrar com um rótulo", afirmou. Segundo ela, a estratégia só revelaria que aquele que rotula o adversários não tem conteúdo para ser debatido.
"Ser chamada de Pollyanna não me atinge. Na época de ler Pollyanna eu ainda era analfabeta", afirmou, fazendo referencial ao livro infanto-juvenil onde a personagem exercita atitudes otimistas diante de qualquer adversidade. "Não me preocupo com os rótulos. Vou sempre discutir o mérito das questões." Marina negou ter se sentido destratada pelo candidato do PSOL. "É o estilo do Plínio. Ele se revelou como ele é", disse.
Marina evitou fazer uma avaliação dos concorrentes no debate, afirmando que estava no "olho do furacão" e que os jornalistas puderam acompanhar melhor o desempenho dos adversários. "O que se revelou ainda foi a lógica da situação pela situação e da oposição pela oposição", disse.
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