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Dilma pede investigação no caso de licitação do metrô de São Paulo

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse nesta quarta (27), em Brasília, que não seria "leviana" de culpar o adversário José Serra (PSDB), mas defendeu investigação no caso do suposto direcionamento da licitação de obras do metrô de São Paulo.

"Acho superimportante que, pelo menos desta vez, eles abram sindicância, inquérito e vão apurar porque não é possível achar que as coisas são perfeitas e vender isso para a população. Não são. Um estado e governo se medem pela capacidade não de garantir que não haja nada, mas, em havendo, tomar providências, investigar, saber quem é o responsável, e não tentar soluções fáceis", afirmou.

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O candidato do PSDB a presidente, José Serra, disse nesta quarta (27), no Recife (PE), que "é reta final de eleição, e aí os petistas precisam inventar coisas", em referência ao suposto direcionamento de licitação de obras do metrô de São Paulo.

"A cada fim de semana, temos dois, três escândalos novos, envolvendo o PT e a Dilma (...) O que eles querem fazer é dizer que todo mundo é igual", declarou o tucano.

Segundo ele, o governo estadual agiu para preservar o interesse público. "Eu nem era mais governador, diga-se de passagem. O jornalista previu, pôs no cartório o resultado de uma licitação, de uma concorrência, que não foi feita por mim, ela foi anulada pelo próprio governo porque os preços não eram bons, eram baixos. O governo fez de novo. Portanto, defendeu, a preços menores, e eles dizem agora que os vencedores já eram sabidos", declarou.

De acordo com Serra, em casos nos quais poucas empresas atuam em um setor, "é fácil saber quem vai ganhar". "Tem aí, por exemplo, o tatuzão, para furar o chão. São duas empresas que fazem isso apenas. É fácil saber quem vai ganhar. O governo federal faz isso abertamente: acerta com quem vai fazer o serviço primeiro e faz a licitação no mesmo dia", declarou

Ele criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao afirmar que ele se dedica mais à campanha eleitoral que ao governo. "O Lula tem direito de ter candidata. Só que eu acho que ele passou dos limites. Ele deixou de governar para fazer campanha. Ele largou o governo", disse.

Pesquisas

O candidato criticou os institutos de pesquisa e disse que se encontra em situação de empate técnico com a candidata petista. Pesquisa divulgada nesta terça pelo instituto Datafolha aponta Dilma com 56% e Serra com 44% dos votos válidos. O levantamento desta quarta divulgado pelo instituto Sensus atribui 58,6% dos votos válidos a Dilma e 41,4% a Serra.

"Dos dados que eu tenho, há, hoje, um empate técnico. O Vox Populli e o Sensus são pesquisas pagas com dinheiro publico, descontadas na folha, todo mundo sabe disso. E as outras têm problemas de metodologia.", disse Serra

A reportagem procurou por telefone representantes dos institutos Vox Populi e Sensus, mas ainda não obteve resposta.

Ao comentar a morte nesta quarta do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, Serra se disse surpreso. "Foi uma surpresa a notícia. Tinha mais relações, conhecia mais, a Cristina Kirchner", declarou.

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