O candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (PMDB), criticou nesta quinta-feira (7) a discussão sobre o aborto na campanha eleitoral. Temer lamentou a mistura de fé com eleições e destacou que a Constituição já garante que no Brasil o Estado é laico.
"Acho muito grave que se coloque essa questão de fé com o Estado. Que vença o melhor para o país, até porque a Dilma não vai ser presidente dos católicos ou dos evangélicos, mas do país. A nossa constituição já determina que o Estado é laico e não pode confundir uma coisa com outra", afirmou Temer.
Ele gravou uma entrevista para programas religiosos do deputado Rodovalho (PP-DF). Temer afirmou ser contra o aborto e não apoiar mudanças na legislação para descriminalizar a prática.
Temer confirmou que conversou com o deputado federal mais votado no Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR), que tem forte presença no eleitorado evangélico. O peemedebista, no entanto, afirmou que não foi pedido ainda ajuda ao deputado para pedir votos para Dilma entre os evangélicos.
"Cumprimentei o Garotinho pelo telefone e ficamos de conversar a qualquer hora, mas não tem nada marcado". Temer afirmou que o deputado pode ajudar Dilma com seus cerca de 700 mil eleitores e não especificamente no eleitorado evangélico.
- Ciro e Garcia começam a mostrar preocupação, diz Guerra
- Presidente do PT anuncia manifesto contra "guerra suja" nas eleições
- Campanha petista reconhece "excessiva concentração" no 1º turno
- Padilha diz que fala de Dilma vale como programa de governo
- Arcebispo de SP critica polarização de debate eleitoral em torno do aborto