Senador reeleito, o tucano Alvaro Dias fez campanha nesta terça-feira (14) em Londrina, Norte do estado, para o candidato à presidência Aécio Neves no segundo turno.
Ele se reuniu com jornalistas no Hotel Bourbon e agradeceu votos obtidos no município, sem escapar de perguntas sobre o relacionamento político com o governador do estado, Beto Richa, e com o irmão, Osmar Dias (PDT). O pedetista acaba de se licenciar da diretoria que ocupa no Banco do Brasil, para apoiar Dilma Rousseff, adversária de Aécio nas urnas. "Eu estou de um lado, ele [Osmar Dias] de outro. Mas há um respeito recíproco, não há nenhum constrangimento da nossa parte pela condição de oposição", comentou o senador.
Alvaro afirmou que o atrito entre ele o governador reeleito no Paraná, Beto Richa, ficou no passado. "As divergências com o governador ocorreram em determinado momento e de maneira explícita. Mas essa explicitude me confere mais autoridade para apoiar o governo. O bom companheiro critica para corrigir. Foram críticas pontuais, que perderam de longe para o projeto maior que temos com Aécio como líder", argumentou.
O tucano também disse que com o PSDB na presidência será mais fácil colocar em prática as reformas que o país necessita, em especial a reforma política, do sistema federativo e a tributária. Esta mobilização pelas reformas, enfatizou, é a proposta mais importante pela qual pretende trabalhar. Dias espera que com Aécio, o Paraná possa ser tratado de forma diferente em Brasília. "Houve sim discriminação política. O Paraná foi tratado de forma cruel". Sobre uma eventual reeleição de Dilma, ele avisou que seguirá "no seu ritmo" de oposição, com cobranças e fiscalização.
Dias deixou aberta a possibilidade de compor a equipe de Aécio caso o cargo oferecido possa contribuir com o Paraná, mas descartou a possibilidade de disputar a eleição para governo do estado em 2018, como vem sendo especulado nos bastidores. "Não tenho esta pretensão [de disputar o governo do estado]. É evidente que acho muito cedo para fazer qualquer especulação sobre 2018. Tenho a necessidade de corresponder às expectativas geradas nestas eleições. A consequência disso é que determinará o caminho para 2018", frisou.
MobilizaçãoO apoio a Aécio neste segundo turno, explicou o senador, deve se concentrar em reuniões com a comunidade e imprensa e em eventuais caminhadas. Segundo ele, é preciso modernizar as campanhas eleitorais. O caminho seria o investimento em mais comunicação com o eleitor e menos propaganda através de cavaletes, adesivos e placas. "Não creio que a exposição de nomes em placas resulte em benefício para candidato. Eliminando a poluição visual na campanha, contribui-se também para a diminuição do abuso de poder", sustentou Dias.
- Pezão faz ataques à Universal em debate com Crivella
- Horário político: Aécio rebate PT; Dilma repete programa
- Marina diz que sofre ataque da política atrasada
- Aécio e Dilma divergem sobre redução da maioridade penal
- Povo só comia carne "se mordesse a língua", diz PT
- Romário diz que não descarta ser ministro no futuro
- Campanha do PT pressiona por anúncio pró-indústria
- Ação do governo federal beneficia senadora ruralista
- Pesquisa mostra empate técnico entre petista e tucano no MS
- Confira a agenda dos presidenciáveis nesta terça-feira
Câmara aprova regulamentação de reforma tributária e rejeita parte das mudanças do Senado
Mesmo pagando emendas, governo deve aprovar só parte do pacote fiscal – e desidratado
Como o governo Lula conta com ajuda de Arthur Lira na reta final do ano
PF busca mais indícios contra Braga Netto para implicar Bolsonaro em suposto golpe