Eduardo Campos morreu no mesmo dia que o seu avô e padrinho político, Miguel Arraes (1916-2005). Político com inclinações à esquerda, mas com boas relações com a oligarquia pernambucana, Arraes morreu aos 88 anos no final da manhã do dia 13 de agosto de 2005, num hospital do Recife, após dias internado. A causa da morte foi uma reincidente infecção generalizada.
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Arraes foi eleito três vezes governador de Pernambuco. A primeira vitória, em 1963, terminou de forma abrupta e amarga no ano seguinte, quando foi preso e deposto pelos militares após o golpe de Estado de 1964. Exilou-se na Argélia, onde viveria até 1979, quando retornou ao Brasil após a promulgação da Lei da Anistia. Ele reelegeu-se novamente ao governo e foi também deputado federal. O corpo de Campos será enterrado no mesmo túmulo do avô.
A mãe de Campos, Ana Arraes, passou mal ao ser informada, por volta do meio dia de ontem, da morte de seu filho. Ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana foi atendida no serviço médico da corte.
Já a mulher do candidato, Renata Campos, ao lado dos cinco filhos, recebeu amigos, familiares e políticos em sua casa na manhã de ontem. "Não estava no script", comentava ela ao abraçar as pessoas que a visitavam, muitas vezes chorando. "Ela está firme como uma rocha", resumiu o ex-secretário estadual de Imprensa de Campos, Evaldo Costa, ao falar sobre a postura de Renata.
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