As primeiras linhas do discurso da presidente Dilma Rousseff na abertura da 69ª Assembleia-Geral da ONU nesta terça-feira (24) já lembravam as eleições presidenciais que estão por vir no país. E, ao longo do texto, Dilma exaltou as conquistas de seu governo e dos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à frente do Planalto.

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Ela negou, no entanto, o conteúdo eleitoral de sua apresentação. "Eu sugiro que vocês olhem os meus quatro discursos aqui [na Assembleia-Geral]. São muito parecidos no que se refere a eu falar sobre uma questão fundamental: que o Brasil reduziu a desigualdade, aumentou a renda, ampliou o emprego", disse em entrevista a jornalistas no hotel em que está hospedada, em Nova York.

No discurso, Dilma citou dados da FAO (órgão da ONU para a alimentação e a agricultura) que mostram que "o Brasil saiu do mapa da fome", disse. "A grande transformação em que estamos empenhados produziu uma economia moderna e uma sociedade mais igualitária."

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"Eu digo isso porque, como chefe de governo, eu tenho um imenso orgulho disso e acho que parte do respeito que o Brasil tem no plano internacional decorre do fato de a gente ter feito isso. Nenhum país, como nenhuma família, respeita aqueles que chefiam o país ou a família que não melhoram a vida dos seus", afirmou na entrevista.

Desde 1947, é uma tradição na instituição que o chefe de Estado do Brasil seja o primeiro a falar na abertura da Assembleia-Geral.

A presidente não quis comentar os números da pesquisa Ibope, divulgada na terça-feira (23), que apontam que ela ampliou para nove pontos percentuais a vantagem sobre a candidata do PSB, Marina Silva, no primeiro turno das eleições.

No segundo turno, as duas aparecem empatadas, com 41% das intenções de voto."Eu não comento pesquisa. Eu não comento pesquisa, eu já disse isso pra vocês. Quando as pesquisas caem, não comento se sobe e não comento se fica no mesmo patamar", disse.

Questionada sobre sua aparente felicidade na entrevista, ela respondeu: "Meu querido, eu sou uma pessoa sempre alegre porque acho que senão não vale a pena viver. Vale? Beijo."

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