Candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos negou nesta quinta-feira (7) que irá aumentar o preço dos combustíveis e energia caso seja eleito em outubro. A declaração, no entanto, contraria Alexandre Rands, responsável pelo setor na execução do programa de governo do pessebista.
O aliado de Campos disse no início da semana que o ex-governador de Pernambuco "se compromete a reajustar o preço da gasolina" pouco depois da posse, em janeiro de 2015, em uma espécie de "sinalização essencial ao mercado".
O presidenciável, por sua vez, negou que a medida seja adotada em seu eventual governo. "Quem falou do aumento do preço da gasolina foi o ministro Guido Mantega (Fazenda). O que tenho dito é que a presidente Dilma Rousseff tem guardado dentro da gaveta dois aumentos para depois da eleição: energia e combustível", explicou Campos após participar de uma palestra para empresários da indústria de máquinas, em São Paulo.
Coordenador do programa de governo da candidatura do PSB, Maurício Rands disse que seu irmão, Alexandre Rands, foi "totalmente mal interpretado" e afirmou que a equipe de Campos "não adotará medidas heterodoxas para segurar a inflação"."Essa política de controle artificial de preços não produz os efeitos que as pessoas imaginam. Logo em seguida vem o efeito inflacionário. Não vamos fazer com que o teto seja a meta da inflação", explicou Maurício Rands.
Para ele, o controle dos preços será feito com um conjunto de medidas que englobarão políticas fiscais, políticas monetárias, Banco Central independente e a criação de um Conselho Nacional de Responsabilidade Fiscal.
Esta semana, Mantega disse que, em todos os anos, houve correção nos preços da gasolina e que o comportamento do governo é continuar com reajustes normais, mas negou que haverá "tarifaço" após as eleições.
MEDIDAS PARA A INDÚSTRIADurante palestra na Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Campos se comprometeu com medidas de curto prazo para, segundo ele, "tirar a indústria de máquinas da UTI". A associação apresentou dados que apontam queda de 30% no crescimento do setor. "Tomaremos medidas tributárias de desoneração, melhoraremos a questão do crédito e abriremos acordos bilaterais para criar mais mercados para a exportação".
EMOCIONADOO presidenciável participou, também nesta quinta-feira (7), da assinatura de um compromisso com a Fundação Abrinq, denominado "Presidente amigo da criança". Ao falar que, caso seja eleito, o Brasil terá contato com um presidente que "luta pelos direitos das crianças mais pobres e com deficiência", Campos se emocionou bastante.
Ao lado dele, estava a mulher, Renata Campos, e o filho Miguel, de seis meses, que é portador da síndrome de Down.
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